A transição energética é o processo pelo qual um país passa ao fazer mudanças em suas matrizes energéticas para sair de uma produção rica em gases estufa (ex: petróleo, carvão) e investir em fontes de energia renováveis e mais limpas, o que tem como objetivo assegurar a longevidade do sistema.
Nos últimos anos, a preocupação com os efeitos da emissão excessiva de gases como o carbono no meio ambiente colocou o mundo inteiro em alerta.
Eventos como a Eco-92 em 1992 e a Rio+20 em 2012, ambos promovidos pela Organização das Nações Unidas (ONU), e a COP21 em 2015, exemplificam que a preocupação com a sustentabilidade e a capacidade dos países de lidarem com os efeitos da exploração dos recursos é um tema muito importante.
O Acordo de Paris, assinado na COP 21, por exemplo, reuniu a assinatura de 195 países que se comprometeram a frear suas emissões de gases que causam o efeito estufa e, consequentemente, o aumento da temperatura global.
Por isso, o conceito de transição energética não poderia ser mais atual, pois é importante buscar a eficiência energética, ou seja, aproveitar melhor o potencial das fontes de energia não só gastando menos, mas também evitando desperdícios.
Continue a leitura e entenda melhor o processo de transição, os objetivos que se pretende alcançar com essa iniciativa e o cenário da transição energética no Brasil.
O que é transição energética?
O conceito de transição energética está atrelado às mudanças feitas nas fontes geradoras de energia em um país, migrando de soluções que geram excesso de resíduos como petróleo para fonte renováveis como energia solar, eólica, biomassa, entre outros.
Diante de um cenário onde o excesso de poluição gerado pelos países do mundo provoca preocupações que são discutidas a anos, é importante ter atenção a desigualdade dentro desse cenário.
O estudo Tracking SDG 7: The Energy Progress Report destaca que se não acontecer mudanças profundas, em 2030, 660 milhões de pessoas ainda não terão acesso à eletricidade.
O relatório joga o holofote no trabalho por vir, mas destaca também que nos últimos anos (2010 a 2019, período analisado pelo estudo), mais de um bilhão de pessoas obtiveram acesso a energia elétrica, principalmente, através de fontes renováveis.
Então, a transição energética é um caminho que todas as nações devem percorrer como forma de preservar o planeta e seus recursos para as gerações futuras.
Além de promover mais qualidade de vida para a sociedade atual que já sente os impactos do aumento da temperatura global, que a cada ano evidencia o que os excessos vêm causando para a coletividade.
Qual o objetivo da transição energética?
O objetivo da transição energética é colocar os países em movimento na busca de formas mais sustentáveis de atender as demandas da sua população.
A busca por um desenvolvimento sustentável significa que existe uma preocupação com o presente e com o futuro para que a eficiência energética exista na prática.
Então, o objetivo dessa transição também envolve a educação sobre o uso da energia.
Mesmo vindo de recursos renováveis, a energia deve ser melhor aproveitada, afinal, esse recurso ainda não chega para todos no planeta.
No Brasil, por exemplo, em áreas remotas dos estados da região Norte, o consumo elétrico representa menos de 1% do consumo do país.
Devido a essa limitação, para ter acesso a eletricidade, essas áreas recorrem a combustível fóssil que custa caro, polui mais e é de difícil acesso.
De olho na transição energética, diversos projetos na região focam no uso da energia renovável como a energia fotovoltaica para melhorar o acesso nessas comunidades isoladas.
Iniciativas como essa, reforçam o motivo pela qual as fontes renováveis são estratégicas, pois elas podem ser implementadas para aproveitar melhor a capacidade do local que precisa de energia.
Como e quando deve se processar a transição energética brasileira?
O Brasil já investe em iniciativas relacionadas à transição energética.
Dentro da ANEEL, existe a área que se dedica a Pesquisa de Eficiência Energética para estudar a viabilidade de uso de soluções geradoras como energia solar, energia biomassa, energia eólica, entre outras.
Por ser um país de extensão territorial grande, com condições climáticas diversas, os recursos renováveis conseguem ser muito bem explorados e existe muito espaço para inovação.
De acordo com o último Balanço Energético Nacional (BEN) divulgado pelo Ministério de Minas e Energia, o uso de fontes renováveis já representa 46,1% da matriz energética do Brasil.
O balanço também destacou o crescimento da energia solar que aumentou 92% e o da energia eólica que aumentou 15.5%.
O cenário é positivo e mostra que o país está atento às questões energéticas. E isso se justifica pelo crescimento do consumo: no uso residencial subiu 3,5%; enquanto o uso comercial subiu 4,5%.
Avaliando o panorama como um todo, o Brasil se destaca no cenário mundial usando três vezes mais fontes renováveis que a média.
Além do investimento interno, o Brasil, assim como outros países, se comprometeu junto a Organização das Nações Unidas (ONU) em setembro de 2016 a:
- reduzir em 37% emissões de gases estufa até o ano de 2025; e
- reduzir 43% os níveis de emissão até 2030.
Outras iniciativas com as quais o país se comprometeu foram:
- aumentar em 18% a participação de bioenergia na matriz nacional;
- tornar o setor elétrico 10% mais eficiente;
- atingir 45% de participação de fontes renováveis na matriz energética nacional.
Leia mais sobre o cenário atual no artigo: Energia renovável no Brasil: confira oportunidades, desafios e exemplos de empresa que utilizam.
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Entender o que é o processo de transição energética é importante, pois alinha governo e sociedade na busca por um mundo com mais qualidade de vida para todos.
Ter um negócio com objetivos de longo prazo é um desafio que passa também pela eficiência energética conquistada com a execução das operações diárias.
Por isso, muitas empresas buscam alternativas para encontrar novas fontes e o Mercado Livre de Energia abre uma nova porta.
Veja no vídeo abaixo e entenda como funciona e quem pode migrar para esse mercado:
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