ESG é a sigla para Environmental, Social and Governance (Ambiental, Social e Governança, em português). O termo funciona como um parâmetro para avaliação das empresas em relação às práticas de desenvolvimento sustentáveis.
Há anos a sustentabilidade vem sendo discutida e, hoje, é um valor vital para qualquer empresa que esteja no mercado.
Tanto que o ESG é considerado um critério para avaliação das empresas no mercado financeiro e é considerado também nas análises de risco.
Então, a forma de conduzir a gestão empresarial tem um olho no presente e outro no futuro, pois a longevidade do negócio está ligada ao seu desempenho e a minimização dos seus impactos negativos.
O estudo Total Societal Impact: A New Lens for Strategy do Boston Consulting Group destaca que as empresas que criam iniciativas ambientais, sociais e de governança conseguem aumentar seu valor de mercado e sua margem de lucro.
Ao longo deste post, você vai entender que o ESG engloba todas as atividades da empresa.
A abordagem inclui desde a análise de práticas internas de valorização dos funcionários e seus direitos, até os impactos da produção no meio ambiente e no mercado.
Quer alinhar a sua empresa e sua gestão com as práticas de Environmental, Social and Governance? Continue a leitura e entenda tudo sobre ESG e como incluí-lo na realidade do seu negócio.
ESG: o que é?
A sigla ESG significa Environmental, Social and Governance — em tradução, Ambiental, Social e Governança.
O termo surgiu em 2004 na publicação ‘Who Cares Wins’, elaborada em parceria pela Pacto Global e o Banco Mundial.
Na época, Kofi Annan, secretário-geral da ONU, questionou os CEOs das 50 maiores instituições financeiras como cada uma poderia incluir os critérios ambientais, sociais e de governança no mercado de capital financeiro.
E será que companhias que visam o lucro podem trabalhar com esses fatores?
A resposta é sim. Isso porque hoje, o ESG é um critério essencial para a tomada de decisão dos investidores, de acordo com o setor de Serviços de Mudança Climática e Sustentabilidade da Ernst Young.
Os valores trabalhados no ESG se alinham tanto com os 10 Princípios do Pacto Global quanto com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.
No Brasil, 83% das grandes empresas do mercado nacional já incluem os ODS em suas estratégias e metas de negócio.
Entender e colocar em prática o que é ESG já não é uma prática de exceção. Os negócios que querem prosperar no mercado atual, precisam valorizar os critérios de ESG para ganhar competitividade.
Essa iniciativa demonstra que o negócio tem um compromisso real em consolidar práticas mais eficientes e de menor custo, que vão melhorar sua reputação e atitudes frente às vulnerabilidades e incerteza do mercado.
Para que serve o ESG?
Entendido o significado de ESG, podemos afirmar que nenhuma empresa no mercado atual deveria apostar no crescimento a qualquer custo. Pelo contrário, é preciso pensar no futuro.
Imagine um negócio que causa um enorme impacto ambiental e social com sua atividade e que sua equipe trabalha em condições péssimas, sem nenhum cuidado com a saúde, organização interna ou benefícios.
Com esse perfil, não dá para traçar um panorama positivo para o seu crescimento e desenvolvimento sustentável no mercado, certo?
É aí que entra o ESG. Ele serve como parâmetro para orientar as empresas na aplicação dos critérios ambientais, sociais e de governança.
Se o negócio valoriza e se empenha em ter um desempenho positivo em cada um desses fatores, sua posição no mercado passa a ser mais respeitada.
Tanto que, atualmente, o ESG faz parte da lista de fatores considerados para avaliar empresas nas análises de risco de investimento.
Então, adotar o ESG é alinhar sua empresa com o presente e colocá-la em direção a um futuro mais promissor.
Quais são os critérios do ESG?
Para entender como o ESG funciona na prática e depois implementar na sua empresa, é importante detalharmos os aspectos de cada critério — Environmental, Social and Governance — que compõem a sigla.
Environmental (Ambiente)
A primeira letra da sigla ESG se refere a Environmental, ou seja, ao Ambiente.
Esse critério diz respeito às atitudes que a empresa toma em relação aos impactos da sua atividade no meio ambiente.
A eficiência energética, por exemplo, é uma preocupação atual importante, pois conhecer e implementar formas de otimizar o uso de energia evita o desperdício e reduz os gastos internos.
Outro ponto importante que impacta o ambiente são os resíduos gerados pelo negócio. Tanto as empresas que fabricam seus produtos quanto aquelas que prestam serviço geram consequências com sua atividade.
Por isso, saber como fazer o descarte correto e também a reciclagem do que for possível são iniciativas importantes.
A escassez atual de água vem alertando para uma possível crise de racionamento. O que sua empresa faz para manter um uso eficiente desse recurso?
Outros pontos como emissão de carbono, poluição do ar e da água, desmatamento e biodiversidade também entram na análise de Environmental (Ambiente).
Grandes empresas como Apple e Microsoft já se comprometeram a neutralizar totalmente a emissão de carbono de suas atividades produtivas até 2030.
Social (Social)
O segundo critério de ESG é o Social. Uma empresa é composta de pessoas e são elas que movimentam todas as ideias planejadas.
Os funcionários, os clientes, os parceiros, os investidores, todos esses públicos estão incluídos no aspecto social.
Ser uma empresa que valoriza a força de trabalho e respeita as leis e os direitos trabalhistas, é ponto importante na gestão das empresas que se dedicam ao ESG.
Isso se reflete no engajamento da equipe com a missão, a visão e os valores do negócio, além de motivar o desenvolvimento profissional.
Um trabalho bem executado leva a cliente satisfeitos com as entregas, o que ajuda na fidelização dos mesmos a marca, contribuindo para uma imagem sólida no mercado.
Outro ponto que é importante destacar no critério Social do ESG é a diversidade. Equipes diversas enriquecem o trabalho.
Por isso, as empresas devem se dedicar a ampliar seus processos seletivos, incentivando a inclusão de grupos minoritários.
Governance (Governança)
Fechando o último pilar do ESG, temos a Governança (Governance). Esse critério se refere às práticas administrativas da empresa.
Todo negócio precisa de uma base boa de administração para criar processos, hierarquias e condutas que organizem as atividades diárias.
Nesse cenário, entra a organização do conselho da empresa, característico de grandes empresas com capital aberto, que são as pessoas que tomam decisões sobre os rumos do negócio.
As condutas da empresa, baseadas nos valores da mesma, também é outro aspecto importante da Governança corporativa.
Isso porque quem trabalha no negócio precisa compartilhar dos valores e seguir as condutas de trabalho para que o ambiente seja organizado e saudável de compartilhar.
As políticas de remuneração, planos de carreira, a relação com entidades e órgãos públicos e os canais de ouvidoria são outros trabalhos que fazem parte de uma governança eficiente.
A Governança é um pilar muito importante do ESG. Confira no vídeo abaixo uma conversa entre especialistas sobre o tema no painel ‘Melhores do ESG’, promovido pela revista Exame:
https://youtu.be/idvlmD_c3sQ
Como ser uma empresa ESG?
Depois de entender cada um dos critérios, para ser uma empresa ESG é importante que a organização:
- entenda os impactos positivos e negativos das suas operações;
- saiba agir em cima desse pontos;
- trabalhe para minimizar ou eliminar impactos negativos e valorizar os positivos, em busca de um equilíbrio.
Veja quais são os passos principais para organizar esse trabalho dentro da sua empresa.
1. Entenda os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)
Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU são um conjunto de metas que visam alcançar um mundo mais sustentável e fazem parte da Agenda 2030.
São 17 pontos que as empresas que se comprometem com esses objetivos precisam trabalhar nas suas estratégias para crescerem competitivas e preparadas para as demandas do futuro. São eles:
- Erradicação da pobreza;
- Fome zero e agricultura sustentável;
- Saúde e bem-estar;
- Educação de qualidade;
- Igualdade de gênero;
- Água potável e saneamento;
- Energia limpa e acessível;
- Trabalho decente e crescimento econômico;
- Indústria, inovação e infraestrutura;
- Redução das desigualdades;
- Cidades e comunidades sustentáveis;
- Consumo e produção responsáveis;
- Ação contra a mudança global do clima;
- Vida na água;
- Vida terrestre;
- Paz, justiça e instruções eficazes;
- Parcerias e meio de implementação.
Conhecendo os ODS, a empresa consegue fazer uma análise inicial dos seus impactos e em quais áreas eles estão.
2. Estabelecer as prioridades do negócio
Entre os objetivos do ODS, cada empresa deve identificar aqueles que fazem sentido para o negócio.
Primeiro, analisa-se os impactos negativos das operações e depois os impactos positivos, que também devem ser repassados.
Dessa forma, as empresas conseguem um mapa das áreas onde a empresa tem maior impacto e priorizá-las nas suas ações de ESG.
Leia também: Como e por que fazer uma mitigação de riscos ambientais.
3. Faça o acompanhamento com metas e indicadores
Para acompanhar os trabalhos de implementação do ESG, é importante definir metas e incluir indicadores para avaliar com mais facilidade a evolução.
Lembre-se que essas definições precisam de uma pitada de ambição. Cada um dos pontos prioritários deve ter suas metas e indicadores específicos.
Para auxiliar na definição das metas, confira a análise de adequação completa feita pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) dos objetivos da Agenda 2030 à realidade brasileira.
Assim, o trabalho vai incluir parâmetros objetivos e compatíveis com a estratégia do seu negócio.
4. Coloque as metas de ODS em prática
Com a análise teórica concluída, é hora de colocar o ESG em prática no trabalho diário dos profissionais da empresa.
Faça um repasse dos novos objetivos, das mudanças e o motivo pelo qual a empresa está empenhada nesses focos.
Busque parcerias com outras organizações dedicadas aos ODS para disseminar esses valores na cultura organizacional.
Os gestores têm um papel essencial para disseminar e acompanhar a evolução do trabalho.
5. Mostre os avanços conquistados
Mantenha um acompanhamento periódico das metas e dos indicadores e repasse os resultados para a equipe ver os progressos conquistados.
Essa iniciativa é fundamental para manter a motivação, especialmente com as metas mais ambiciosas e difíceis.
Os dados sobre as metas de ODS podem estar nos relatórios internos da empresa e também nos relatórios para investidores, reforçando a evolução da empresa com o ESG.
A transparência nesse repasse de resultados demonstra o comprometimento da empresa com todas as partes interessadas e valoriza sua imagem no mercado.
Vantagens de adotar as práticas de ESG
As vantagens de adotar as práticas de ESG se refletem diretamente no dia a dia da empresa. Alguns desses benefícios são:
- Conquistar resultados financeiros melhores;
- Valorizar a imagem da empresa no mercado nacional e internacional;
- Ganhar mais confiança dos investidores;
- Fidelizar os clientes a marca por meio do compartilhamento de valores;
- Controlar possíveis riscos, se antecipando a eles;
- Atrair uma nova geração de talentos para a empresa, o que contribui para consolidar o ESG como prática;
- Aumentar a competitividade no mercado;
- Construir uma gestão baseada em dados e análises sólidas.
ESG no Brasil: empresas referência em boas práticas
O ranking ‘Best For The World’ premia as empresas com melhores práticas de ESG e tem marca brasileira nessa lista. Sendo mais exato, 39 empresas nacionais entraram no ranking da edição 2021.
A iniciativa da B Lab avalia cinco critérios: meio ambiente, comunidade, governança, clientes e trabalhadores.
Foram mais de 750 empresas avaliadas na última edição e a proposta do ranking é justamente incentivar que mais empresas incluam o ESG na sua estratégia.
Veja a lista completa das empresas brasileiras reconhecidas no ‘Best For The World’.
A Esfera, também está alinhada com o ESG e foi reconhecida no relatório ACE Cortex como uma das startups brasileiras dedicadas a desenvolver soluções de práticas ambientais, sociais e de governança para negócios.
Invista no desenvolvimento sustentável da sua empresa
O ESG é um trabalho recompensador de muitas maneiras para as empresas que se comprometem com os seus objetivos.
Se você também quer colocar o seu negócio no caminho do desenvolvimento sustentável, nós da Esfera Energia podemos te ajudar, pois também somos uma empresa comprometida com o ESG.
Fazendo um bom Gerenciamento de Energia Elétrica, por exemplo, você consegue minimizar o desperdício e conseguir preços melhores, otimizando o orçamento da empresa.
Com a consultoria da Esfera, sua empresa pode entrar no Mercado Livre de Energia e fazer a compra de fontes alternativas e renováveis.
Tudo isso sem precisar lidar com burocracia, tendo nossos especialistas como parceiros nas negociações. Conheça nossos serviços!