O sistema elétrico brasileiro está passando por grandes transformações que prometem mudar o futuro da energia, principalmente devido aos 3Ds: descarbonização, descentralização e digitalização.
Existe uma nova dinâmica em curso com a geração descentralizada, com foco na produção fotovoltaica, o que demanda o desenvolvimento de novas tecnologias.
A demanda global por energia renovável passa pelos 3Ds da energia, visto que colabora para redução da emissão de gás carbônico (descarbonização), permite a geração descentralizada de energia (descentralização) e demanda novas tecnologias para o funcionamento de todo o sistema (digitalização).
Explicaremos esses aspectos em mais detalhes a seguir, continue lendo.
O que são os 3Ds da energia (descarbonização, descentralização e digitalização)?
Descarbonização, descentralização e digitalização, também chamados 3Ds de energia, resumem as ações em prol do desenvolvimento sustentável do setor elétrico do Brasil.
Eles são os pilares da transformação do setor e fomentam a construção de um novo modelo de mercado para os próximos anos.
O objetivo é alcançar uma maior eficiência energética por meio de uma matriz energética mais renovável, e da geração distribuída e assegurada por novas tecnologias.
Entenda os detalhes de cada um desses 3Ds.
Descarbonização
Existe uma demanda mundial para reduzir o uso de combustíveis fósseis para a geração de energia elétrica. Isso se dá tanto pelo fato de esses recursos serem não renováveis — o que significa que um dia irão se esgotar —, quanto para descarbonizar o sistema elétrico.
Como a queima de combustíveis fósseis gera gás carbônico (CO₂), o qual é altamente poluente, e contribui para o efeito estufa e o aquecimento global, é imprescindível encontrar soluções para tornar a geração elétrica mais sustentável.
Diante de tamanho desafio, os países estão se comprometendo a descarbonizar o setor elétrico, o que é formalizado em encontros sobre as mudanças climáticas, como o Acordo de Paris, de 2015.
A energia solar, principalmente, está se tornando uma fonte de energia mais barata, além de contribuir para a descarbonização da geração de energia. Como está ganhando escala e a tecnologia está se desenvolvendo a cada dia que passa, essa fonte está em destaque quando se trata da descarbonização do sistema.
Além disso, a energia solar alavanca a geração distribuída (GD) por descentralizar o sistema elétrico, principalmente entre os consumidores residenciais.
Entenda aqui o que é geração distribuída.
Ou seja, a descarbonização é uma consequência direta da busca por soluções mais sustentáveis, baratas e competitivas para gerar energia elétrica com eficiência.
Descentralização
Acabamos de citar a geração distribuída e ela é a essência da descentralização do setor elétrico brasileiro. Por conta da GD, o modelo tradicional de geração centralizada está passando por uma mudança significativa e se tornando mais participativo.
Porém, isso torna a estrutura mais complexa, o que demanda novas tecnologias para controlar toda a operação e armazenar a eletricidade quando há um excesso de geração.
O Plano Decenal de Expansão de Energia 2030 (PDE 2030) mostra uma expansão significativa da geração distribuída (números em GW), enquanto há uma redução da capacidade instalada de carvão, diesel e óleo, um reflexo da descarbonização.
Recursos Energéticos Distribuídos (REDs) fazem parte da descentralização e abrangem, por exemplo, os veículos elétricos, a produção descentralizada de combustíveis, a micro e minigeração distribuídas (MMGD) e a energia solar térmica.
Digitalização
A digitalização passa por conceitos como a Internet das Coisas (Internet Of Things, IoT), Big Data, Data Analysis, Blockchain e Inteligência Artificial (IA). Por conta de tais aspectos, a digitalização proporciona a quebra de barreiras, aumentando a flexibilidade de todo o sistema elétrico.
Vale assistir a esse TEDx com Renata Rampim, autora do livro “Internet das Coisas sem mistérios: uma nova inteligência para os negócios”, para entender a Internet das Coisas.
https://youtu.be/-EA9UBEahDY
Um sistema elétrico mais participativo necessita de um alto volume de troca de dados e informações para a realização de negociações entre geradores e consumidores, por isso a digitalização.
ESG e DDD: o resumo do futuro do setor de energia
Essas duas siglas resumem o que se espera do setor energético para os próximos anos.
ESG é a sigla para “Environmental, Social and Governance”, em português “Ambiental, Social e Governança”:
- Environmental: conservação do meio ambiente, eficiência no uso de água e energia, redução do desmatamento, gestão adequada de resíduos, redução das emissões de carbono e proteção da biodiversidade;
- Social: cuidado aos colaboradores, diversidade e inclusão no ambiente corporativo, relacionamento com a comunidade ao redor, proteção aos dados de clientes, direitos humanos e respeito à legislação trabalhista;
- Governance: funcionamento e administração dos negócios, como ética, compliance, conduta corporativa, controle de riscos, direitos e deveres de cada um, etc.
Enquanto isso, a descarbonização, descentralização e digitalização tratam de:
- Descarbonização: diretamente relacionada ao “E” do ESG, diz respeito a uma matriz mais renovável, compromissos ambientais para redução da emissão de gás carbônico e eficiência energética, por exemplo;
- Descentralização: geração distribuída de energia, REDs e resposta à demanda para o surgimento de um novo modelo de mercado;
- Digitalização: no setor elétrico, existe o conceito de “Energy-as-a-Service (EaaS)”, assim como ações para ampliar a conectividade da energia aos consumidores por meio do surgimento de novas tecnologias.
Vale destacar que essas siglas estão relacionadas apenas ao setor energético. Entretanto, elas sinalizam os caminhos para o futuro do mercado, e para o desenvolvimento do país e do mundo.
Como você pôde entender, descarbonização, descentralização e digitalização são as palavras que já estão ditando os rumos do setor elétrico e energético do país. As fontes renováveis são a base da transformação, especialmente a energia solar, por isso é importante estar preparado para se adaptar ao novo modelo.
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