Não sabe por que existe diferença de preço entre a energia residencial e comercial? Então, você está no lugar certo. Ao longo deste artigo, você entenderá, em detalhes, tudo relacionado ao tema.
É fato que a energia comercial é mais cara, mas existe uma explicação para isso. Ela está diretamente relacionada aos grupos tarifários e à demanda de energia das unidades consumidoras.
Não ficou claro ainda? Calma! Continue a leitura do artigo e saiba mais.
Como é feita a distinção entre energia residencial e comercial?
A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) é a responsável por regular as tarifas de energia no Mercado Cativo, também chamado Ambiente de Contratação Regulada (ACR). Nele, existem cobranças diferentes para a energia residencial e comercial.
Isso ocorre por conta das “classes de consumo” estabelecidas, primeiramente, pela Resolução Normativa nº 414/2010 da Aneel, revogada com a publicação da Resolução Normativa n°1.000, em dezembro de 2021.
Segundo as informações do artigo 174 da REN, a distribuidora classifica cada unidade consumidora para aplicar a tarifa correta, conforme a atividade exercida e a finalidade de uso da energia elétrica, nas seguintes classe tarifárias:
- Residencial
- Industrial
- Comercial
- Rural
- Poder público
Cada uma delas tem diversas subclasses, justamente para facilitar a categorização das unidades consumidoras de acordo com suas respectivas finalidades.
Qual a diferença entre conta de luz residencial e comercial?
A diferença de preço entre a conta de energia residencial e comercial ocorre por conta das modalidades tarifárias, definidas de acordo com o grupo tarifário, que são os seguintes:
- Grupo A: consumidores de média e alta tensão, no qual estão as indústrias e estabelecimentos comerciais de médio e grande porte, e os sistemas subterrâneos. Sofrem a incidência da tarifa horária azul e da tarifa horária verde;
- Grupo B: consumidores de baixa tensão, sendo eles residenciais, áreas rurais, iluminação pública e comércios de pequeno porte. Sofrem a incidência da tarifa convencional monômia e tarifa horária branca.
Os consumidores do Grupo A pagam pelo consumo e também por uma parcela de demanda de energia contratada, seja ela usada ou não.
Por outro lado, os integrantes do Grupo B são cobrados apenas pelo consumo. Isso significa que arcam somente com o volume de energia que foi utilizado ao longo do mês. Essa é a principal diferença entre a conta de energia residencial e comercial.
5 tipos de tarifa de energia comercial e residencial
Agora que você já sabe a diferença de preço entre energia residencial e comercial, detalhamos a seguir cada uma das cinco tarifas existentes.
1. Tarifa horária azul
A tarifa horária azul (ou tarifa horo-sazonal azul) tem dois valores diferentes de demanda de potência de acordo com o horário de ponta e fora de ponta.
De forma simples, horário ponta é o período com alta demanda e consumo (normalmente das 18h às 21h, exceto sábados, domingos e feriados) e a cobrança de energia pode triplicar. Por outro lado, o horário fora de ponta contempla todas as horas que não se enquadram nesse intervalo.
2. Tarifa horária verde
A tarifa horária verde (ou tarifa horo-sazonal verde) permite que os valores de consumo sejam ou não diferentes no horário de ponta e fora de ponta, mas a cobrança pela demanda de potência é única e o preço de transporte na ponta é maior.
Saiba mais no artigo: O que é tarifa azul e verde e como escolher a melhor?
3. Tarifa horária branca
Existe também a tarifa horária branca, aplicada aos consumidores do Grupo B. Nela, há tarifas diferentes de acordo com o dia e horário de utilização. Para economizar, o consumidor pode optar por utilizar mais energia fora dos horários de pico, por exemplo.
4. Tarifa convencional monômia
O cálculo da tarifa convencional monômia é mais simples, pois considera apenas o consumo de energia, independentemente da demanda de potência ou do horário. Ou seja, os consumidores pagam um valor fixo pelo serviço de distribuição de energia, sem importar a quantidade de energia consumida.
5. Tarifa convencional binômia
Vale explicar também a tarifa convencional binômia. Essa é a cobrança feita separadamente pelo consumo de energia e pela demanda de potência da unidade consumidora, a despeito dos horários de utilização ao longo do dia.
Ela incide sobre os consumidores do Grupo A, justamente por eles demandarem mais energia do sistema. Como as tarifas são proporcionais ao consumo e ao uso da capacidade do sistema elétrico, quem usa mais energia paga mais por isso.
Agora ficou mais claro por que a energia comercial é mais cara? Como as regras de cobrança diferem do Grupo A e para o Grupo B, consequentemente, o preço final na conta de luz também muda.
Essas regras se aplicam ao Mercado Livre de Energia?
A diferença entre energia residencial e comercial não ocorre no Mercado Livre de Energia. Como explicamos no começo do artigo, as tarifas definidas pela ANEEL são vigentes apenas no Mercado Cativo.
Os consumidores livres podem definir o preço, prazo, volume e forma de pagamento da energia diretamente com as empresas geradoras ou comercializadoras ou ter a assessoria de uma Gestora para garantir a melhor contratação possível.
Isso acontece porque o setor energético no Brasil está segmentado em dois ambientes:
- Ambiente de Contratação Regulada (ACR) ou Mercado Cativo: formado por consumidores cativos com têm acesso à energia com tarifas estabelecidas pelo Governo e pagam mensalmente pelo serviço de distribuição e de geração de energia;
- Ambiente de Contratação Livre (ACL) ou Mercado Livre: são os consumidores livres que negociam energia e podem encontrar preços melhores do que os normalmente disponíveis no ambiente regulado.
Apesar das residências ainda não poderem migrar para o Mercado Livre de Energia, os comércios podem considerar fazer desse mercado. Para os consumidores residenciais, o desconto na conta de luz pode vir por meio de plataformas como a da Esfera Energia.
Com a aprovação da abertura do Mercado Livre a partir de 2024 para todo Grupo A (alta e média tensão), os consumidores poderão fazer a migração, independentemente da demanda mínima contratada.
A Esfera Energia ajuda empresas a migrar sem enfrentar problemas e dúvidas em relação a burocracias do Mercado Livre, simplificando todo o processo e dando o direcionamento para que você escolha a melhor energia para sua empresa.
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