A segurança energética é um tópico importante na política interna dos países, afinal, sem fontes de energia geradoras, os setores da indústria, do lazer e o abastecimento residencial ficariam comprometidos.
Hoje existe um consenso mundial de que cada nação precisa contribuir para minimizar os impactos ambientais causados pelas atividades econômicas, a favor da sustentabilidade.
Esse movimento é chamado de transição energética, uma iniciativa global com o objetivo de diminuir as emissões de gases causadores do efeito estufa que estão interferindo na temperatura do planeta.
A segurança energética no Brasil é uma pauta importante e o país já tem iniciativas consistentes nessa área. Continue lendo este artigo e entenda melhor sobre as ações adotadas a favor da segurança energética.
O que é segurança energética?
A segurança energética é definida como a capacidade de um país ofertar e disponibilizar serviços de energia ininterruptos, em quantidade suficiente para atender a demanda e a preços acessíveis para a população em geral.
O conceito também está associado ao desenvolvimento sustentável do país, que por meio das fontes de energia limpa e renovável impulsionam o desenvolvimento econômico e reduzem as disparidades no acesso à energia elétrica, principalmente em comunidades mais pobres.
Os preceitos para a segurança energética no Brasil estão firmados na Lei nº 9.478/1997 chamada de Política Energética Nacional.
O país tem uma vantagem significativa que é ter uma matriz elétrica variada, o que dá a oportunidade para investir e obter retorno com as fontes de energia limpa como a hidráulica (a principal do país), mas também a solar, eólica, biomassa, entre outras.
Segundo o atual ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Paulo Alvim, o país é destaque em segurança energética, principalmente pelas ações focadas na transição energética.
Então, a segurança energética está ligada ao potencial do país de:
- explorar suas fontes e seu potencial de geração;
- controlar e educar o consumo;
- fazer a comercialização de energia de forma justa.
O que os países devem fazer para garantir segurança energética?
O principal ponto para que um país garanta sua eficiência energética é diversificar sua matriz elétrica. Ao contrário do que parece, não são apenas países grandes como o Brasil que têm mais possibilidades para explorar. Principalmente, quando se trata de energia renovável.
Países pequenos da Europa como Suécia, Noruega e Suíça são considerados líderes em transição energética no mundo e apostam justamente na variedade de fontes de energia.
A base do modelo de trabalho é o desenvolvimento de uma boa infraestrutura nos sistemas de energia e também a criação de políticas públicas que ofereçam incentivos para o uso de energia limpa nesses países.
No Brasil, esse tipo de incentivo a população também existe por meio da Geração Distribuída (GD), que permite que os consumidores gerem a própria energia usando uma fonte renovável e negociem o excedente com a empresa distribuidora local.
Então, com uma parceria forte entre público e privado, os países podem promover mudanças consistentes para contribuir com as metas de preservação do planeta, melhorando ao mesmo tempo a qualidade de vida da população.
Que ações podem ser implementadas para melhorar a segurança energética no Brasil?
Como destacamos acima, o Brasil já desenvolve ações consistentes relacionadas à segurança energética.
As crises hídricas, que tem grande influência das mudanças climáticas do planeta, são um exemplo que fizeram com que o governo aumentasse o investimento em outras fontes ao longo dos anos.
As usinas hidrelétricas são o pilar da geração nacional, mas precisam do apoio de outras fontes para conseguir atender a demanda e, principalmente, comercializar energia a uma tarifa acessível para a população.
Algumas ações possíveis e já em andamento são:
Minimizar as perdas com a transmissão de energia
Considerando a extensão territorial do Brasil, a infraestrutura de transmissão e distribuição de energia pelo Sistema Interligado Nacional é uma obra de arte, pois a energia das hidrelétricas chega a quase todo país.
Porém, é justamente por percorrer distâncias tão grandes entre o ponto de geração e o de consumo que acontecem muitas perdas no processo de transmissão de eletricidade.
Esse é um resultado natural, pois mesmo que os fios tenham alto poder de vedação e a energia passe em alta tensão por eles, a perda é um efeito do processo. Porém, isso não deixa de ser um desperdício, pois a energia gerada é valiosa para a segurança energética.
Como a geração e o abastecimento estão centralizados nas usinas hidrelétricas, que são as principais responsáveis por atender a demanda de energia do país, é necessária uma ação complementar.
Investir na descentralização da geração de energia no país
Uma vez que as perdas do sistema de transmissão centralizado são um fato desse processo, outra ação necessária então é descentralizar a geração de energia no país. O objetivo é aproximar a geração do ponto de consumo.
Isso significa não depender exclusivamente das usinas hidrelétricas e disponibilizar investimentos para outras fontes geradoras, principalmente, as renováveis.
Apesar de ainda ser um investimento pequeno quando comparado às fontes não renováveis, o Brasil já caminha para esse objetivo tanto por possuir condições favoráveis de geração quanto por essas serem as principais soluções apontadas para a transição energética no mundo.
Apostar na capacidade de geração eólica e solar
A energia solar e a energia eólica são grandes apostas dos governos para garantir a segurança energética. No Brasil, a área costeira extensa e os longos períodos de sol durante o ano favorecem a geração por ambas as fontes.
Uma projeção da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR) para 2022, estima que o setor solar deve receber R$ 50,8 bilhões em investimentos só da iniciativa privada.
Já uma das projeções do relatório do Conselho Global de Energia Eólica destaca que o Brasil, por meio de investimentos e políticas governamentais, pode gerar 1,350 milhão de novos empregos e injetar US$ 22 bilhões na economia se investir mais em energia eólica até 2026.
Atualmente, o governo tem como foco a produção de energia eólica offshore (no mar) associada à produção de hidrogênio tanto para consumo quanto exportação.
Adquira autonomia para negociar a compra de energia
Não é só o consumidor comum que pode ter autonomia na geração de energia. As empresas e indústrias conseguem incentivos para geração, mas também podem economizar migrando para o Mercado Livre de Energia.
A mudança ajuda a economizar até 35% da conta de luz, terceirizando toda a operação de energia elétrica da empresa. Entenda como funciona o mercado no vídeo abaixo:
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