A utilização de diversas fontes não renováveis para gerar energia elétrica e de outros recursos que mantém a economia ativa gera muitas preocupações em relação ao impacto dessas atividades na sociedade e no meio ambiente. É nesse cenário que o planejamento energético se tornou estratégico.
Afinal, cada país precisa entender suas necessidades de abastecimento e a forma como vai atender sua demanda energética para evitar crises de energia.
O Brasil, por exemplo, já enfrentou um “apagão” em 2001, justamente pela falta de um plano assertivo com ações para aumentar a capacidade de geração e também educar os consumidores sobre os gastos e a importância de evitar o desperdício.
Essa, aliás, não é uma preocupação apenas nacional. Todos os países do mundo estão atentos aos efeitos do uso de fontes de energia convencionais tanto para gerar eletricidade quanto para produção de combustíveis e outros recursos.
Com isso, as empresas também são levadas a desenvolver um planejamento energético para atender às suas necessidades, buscando alternativas mais sustentáveis para manter a competitividade e a produtividade no mercado.
Neste artigo, explicamos o conceito de planejamento energético, sua importância e os objetivos de planejar o futuro da energia no Brasil.
Boa leitura!
O que é planejamento energético?
Segundo a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), o planejamento energético analisa as necessidades futuras de energia e documenta as ações de como o país vai se organizar para atendê-las.
Nesse processo, órgãos governamentais como a EPE fazem análises, estudos e projeções a partir da estrutura atual e das possibilidades da exploração de fontes de energia mais eficientes para diminuir os impactos da geração convencional.
No Brasil existe o Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE), que informa a população sobre o panorama de ampliação previsto para o setor de energia. A última edição foi publicada em 2022 com prazo até 2032 — outras edições do PDE tem metas para 2026, 2027, 2029, 2030 e 2031.
Os estudos relacionados à esfera nacional levam em consideração detalhes como:
- crescimento populacional;
- aumento da quantidade de energia de acordo com o crescimento projetado;
- consumo na produção industrial;
- gastos do sistema de transportes;
- consumo no comércio;
- demanda de consumo residencial.
Dessa forma, os órgãos da União como o EPE, o Conselho Nacional de Política Energética e o Ministério de Minas e Energia conseguem projetar a demanda energética do país.
Essas informações são utilizadas para determinar as ações e os investimentos para incentivar o uso de fontes alternativas e assim manter uma matriz energética e elétrica eficientes e mais sustentáveis.
O PDE 2031 projeta um consumo de energia por cada setor econômico na seguinte configuração:
Qual a importância do planejamento energético?
Além de incentivar o consumo consciente, a importância do planejamento energético está relacionada à redução dos custos, principalmente para os médios e grandes consumidores de energia do país — representados em grande parte pelo setor da indústria.
Com os dados oficiais, as empresas conseguem orientar e planejar o consumo interno de energia, gerenciando melhor os riscos e se atualizando das novidades do mercado.
Dessa forma, o planejamento energético contribui para redução de gastos, para a seleção de fontes mais adequadas e para ganhar vantagem competitividade no mercado.
Outros pontos que reforçam a importância do planejamento para atender a demanda de forma estratégica são:
- conseguir ofertas de energia mais vantajosas e econômicas no mercado;
- conhecer as fontes de energia que possuem menos impacto na geração e que podem atender a demanda interna;
- gerenciar o consumo por meio de soluções tecnológicas que ajudem a diagnosticar o perfil de consumo do negócio;
- obter um diagnóstico e desenvolver ações que otimizem os gastos com energia, eliminando o desperdício.
O planejamento energético interno pode ser realizado com o apoio de uma consultoria especializada em soluções no setor de energia.
Esse trabalho é possível justamente por causa das políticas energéticas e diretrizes estabelecidas pelo governo para o desenvolvimento do país, o que permite que a população contribua para o atingimento das metas traçadas.
Qual é o objetivo do planejamento do setor energético no Brasil?
O Brasil, assim como os demais países do mundo, está focado em reduzir custos e as emissões de carbono que são tão prejudiciais ao meio ambiente e a toda a população.
Para isso, o objetivo do planejamento do setor energético no Brasil é investir na energia eólica e na energia solar, duas tendências mundiais fortes de energia limpa.
Segundo a projeção do PDE 2029, nos próximos anos o governo pretende aumentar a participação da energia eólica na matriz energética de 9% para 16%.
A fonte solar também é importante para o objetivo de fortalecer a matriz com os recursos renováveis, principalmente aqueles que são abundantes no país.
Dessa forma, as perspectivas e o planejamento do setor energético no Brasil apontam para o aumento dos investimentos em geração renovável.
Esse cenário faz parte da transição energética que incentiva os governos e as indústrias, grandes consumidoras e também causadoras de impactos, a adotarem meios mais sustentáveis de manterem a economia, o que inclui a geração de energia.
A abertura do Mercado Livre de Energia, com previsão até 2024 para abertura total, é uma das medidas governamentais que contribui para que as empresas possam negociar contratos mais vantajosos, mas também escolher a origem da energia que desejam utilizar nas suas atividades.
Leia também: O que é a sigla ESG? Entenda como inserir essa prática na sua empresa.
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