As emissões de dióxido de carbono, o CO2, e outros gases poluentes lançados pelas empresas e indústrias na atmosfera contribuem para o efeito estufa, que é o aumento da temperatura do planeta. Por isso, o monitoramento da pegada de carbono das empresas tornou-se um indicador referência.
Segundo estimativas de um artigo publicado na revista Nature, o total de emissões de gás carbônico em 2022 foi de 37,5 bilhões de toneladas. O valor foi 1% maior que os dados apresentados na COP27, significando um novo recorde de emissão mundial de CO2.
No Brasil, os dados também são impressionantes. O Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SEEG), do Observatório do Clima, divulgou que, em 2021, o país alcançou o maior volume de demissões em 20 anos.
Foram 2,42 bilhões de toneladas de CO2 lançadas na atmosfera. Na comparação com 2020, a taxa subiu 12,2%, ano em que o Brasil emitiu 2,16 bilhões de toneladas de gases.
Diante das estatísticas, saber o impacto que as atividades do negócio causam é fundamental para tomar medidas concretas de redução das emissões.
Dessa forma, é fundamental que as empresas saibam como calcular sua pegada de carbono para implementar medidas para reduzi-la, tornando seus processos mais sustentáveis.
Continue a leitura do artigo e saiba como esse trabalho é realizado.
O que é pegada de carbono?
Pegada de carbono é uma unidade de medida utilizada para mensurar a quantidade de gases do efeito estufa (GEEs) emitida pelas empresas na atmosfera, tanto por meio de seus processos diretos quanto indiretos, como utilização de matéria-prima, tipos de fonte de energia, gestão de resíduo, logística de transporte, entre outros.
A referência é o Carbono por ser o gás com o maior volume de emissões, mas todos os GEEs estão envolvidos, como Óxido nitroso (N2O), Vapor de água (H2O), Metano (CH4) e Ozônio (O3).
As atividades humanas, como extração de matéria-prima e fabricação de produtos, ou ainda a prestação de um serviço, envolvem a emissão de gases poluentes. Considerando o volume de empresas no mundo, o impacto dos lançamentos é enorme.
O lançamento de gases sem controle no meio ambiente, além de emissões indiretas, como dos veículos da frota de logística, por exemplo, prejudica diretamente a qualidade de vida da comunidade e do meio ambiente na área onde a empresa está instalada.
O efeito cumulativo das emissões ainda gera consequências, como o aumento da temperatura média da Terra, que aquece os polos, causando o derretimento de geleiras, alterações climáticas, ocasionando ondas de frio e calor extremas.
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Como calcular a pegada de carbono de uma empresa?
Existem vários métodos e fórmulas para calcular a pegada de carbono. Uma das formas de cálculo é multiplicar o valor referente ao consumo total da atividade pela fonte emissora de gás ou combustível utilizado. O valor final é expresso em massa de CO2 equivalente (CO2e).
Levantar esses dados é um processo complexo, por isso, vale a pena contar com o apoio de uma consultoria especializada para avaliar todos os processos operacionais do processo de produção, desde o consumo de energia, o uso da matéria-prima e seu descarte até a chegada ao consumidor.
Com as informações corretas em mãos, as empresas podem utilizá-las para repensar processos de gestão, agindo nos pontos da cadeia produtiva que mais emitem gases estufa.
O trabalho pode resultar em mudanças significativas na cultura da empresa, criando uma estratégia onde a sustentabilidade industrial é o foco principal, mudando não só os processos, mas também o comportamento de toda equipe.
Leia mais >>> Tecnologia sustentável: 7 exemplos, uso no Brasil + dicas.
Como as empresas podem reduzir sua pegada de carbono?
Ao identificar o tamanho do impacto da pegada de carbono, as empresas podem tomar diversas medidas adequadas ao seu sistema produtivo para reduzir esse indicador de produção industrial.
Listamos abaixo algumas medidas gerais que podem contribuir com o processo para tornar a cadeia de produção do seu negócio mais limpa. Confira!
1. Utilize fontes de energia limpa
Uma medida acessível para as empresas que desejam reduzir sua pegada de carbono é utilizar fontes de energia limpa, também chamadas de renováveis. O ponto positivo dessa mudança é que você não precisa ter uma fazenda de energia solar para gerar energia.
Um dos caminhos é migrar para o Mercado Livre de Energia e fechar contratos com fornecedores que gerem energia a partir de fontes limpas. Com a mudança, outro benefício é reduzir em até 35% o valor da sua conta de luz.
2. Faça gestão de resíduos
Todo processo de produção gera resíduos que devem ser tratados corretamente, pois o descarte incorreto é, em primeiro lugar, ilegal, principalmente para sobras com alguma toxicidade.
Além disso, a poluição das águas e do ar afeta a vida animal e também da comunidade, prejudicando todo ecossistema ao redor da empresa.
Saiba como melhorar o processo no artigo >>> Gestão de resíduos industriais: o que é + como fazer.
3. Promova ações de sustentáveis
Outra iniciativa para reduzir a pegada de carbono em empresas é promover ou apoiar organizações que trabalhem com ações ambientais e sociais.
Um exemplo são as ações de reflorestamento praticadas pelas indústrias de celulose e minério para reduzir o impacto de suas atividades no meio e também na vida da comunidade.
Para entender as oportunidades de contribuição, invista em um estudo para avaliar as necessidades de melhorias locais e como envolver a população nos valores sustentáveis da empresa.
Leia também: O que é pegada hídrica? Tipos, exemplos e dicas para reduzir
Como consumir energia limpa na sua empresa?
A atenção dada às pegadas de carbono das empresas é uma preocupação urgente e atual.
Mudar o abastecimento energético da sua empresa é um passo importante para aumentar o impacto positivo no mercado e chamar a atenção para o seu serviço. Sem contar o potencial de economia nos gastos.
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