O desempenho financeiro mostra se uma empresa vai mal, se precisa de cuidados ou se está operando de forma eficiente. Para chegar a uma conclusão, os resultados dos indicadores de endividamento não podem faltar no balanço financeiro.
À medida que os negócios crescem e consolidam suas operações no mercado, a economia do país também se desenvolve, gerando mais oportunidades de investimento e de emprego.
Segundo o relatório Panorama da Pequena Indústria, feito pela CNI (Confederação Nacional da Indústria), o Índice de Situação Financeira cresceu 0,8 ponto no quarto trimestre de 2023, fechando o ano com 42,2 pontos — acima da média histórica de 38,4 pontos.
O indicador considera a satisfação das indústrias com a margem de lucro operacional, o status financeiro e a facilidade de acesso a crédito. A avaliação geral da situação e da estabilidade financeira dos negócios é positiva, com boas perspectivas e confiança para 2024.
Por isso, o monitoramento de indicadores-chave de gestão financeira é estratégico para acompanhar o andamento das operações e evitar que problemas pequenos escalem, comprometendo as operações.
Continue no artigo e conheça os principais indicadores de endividamento, como calcular cada métrica e a importância de fazer um acompanhamento próximo.
Boa leitura!
Quais são os principais indicadores de endividamento?
Os indicadores de endividamento são métricas que mostram o quanto uma empresa é dependente do capital de terceiros para manter suas operações ativas. Existem vários índices e listamos os principais a seguir:
1. Participação de capitais de terceiro (PCT)
A participação de capitais de terceiro (PCT) aponta quanto dos fundos da empresa vem de outras fontes. Ou seja, mostra o endividamento geral do negócio. A fórmula para calcular o indicador é:
- PCT = (Passivo Circulante + Exigível LP) ÷ (Passivo Circulante + Exigível LP + Patrimônio Líquido).
O passivo circulante significa o endividamento de curto prazo (inferior a 12 meses), e o exigível de LP quer dizer o comprometimento em longo prazo (superior a 12 meses).
Já o patrimônio líquido engloba o capital próprio, como lucros e recursos investidos pelos sócios. Quanto o PCT é maior que 1, o resultado significa que já não existem meios próprios envolvidos na operação.
2. Imobilização dos recursos a longo prazo (IRPL)
Outro dos indicadores de endividamento é o IRPJ, ou imobilização dos recursos a longo prazo, que mostra o quanto a empresa investe de seus fundos de longo prazo e patrimônio líquido em capital imobilizado. A fórmula para calcular o indicador é a seguinte:
- IRPL = Imobilizado ÷ (Exigível de LP + Patrimônio Líquido)
Em geral, quanto mais alto for o resultado, maior o risco da empresa ter dificuldades de quitar os custos e dívidas do negócio.
3. Imobilização do patrimônio líquido (IPL)
O IPL (imobilização do patrimônio líquido) também é um dos indicadores de endividamento. A métrica indica a situação atual da estrutura de capital do negócio.
Essa avaliação é importante porque um alto volume de bens imobilizados significa menos recursos disponíveis, ou seja, que podem virar dinheiro rapidamente, aumentando a probabilidade de ter que recorrer a terceiros. O cálculo é feito pela fórmula:
- IPL = Imobilizado ÷ Patrimônio líquido
Quanto mais alto for o resultado, maior é o volume de capital imobilizado em comparação ao patrimônio líquido, o que significa alto índice de insolvência.
4. Composição do endividamento (CE)
A composição do endividamento (CE) é um indicador que ajuda a averiguar o quanto da dívida existente é de curto prazo, ou seja, inferior a 12 meses. A fórmula de cálculo é:
- CE = Passivo Circulante ÷ (Passivo Circulante + Exigível de LP)
Um índice alto significa que a empresa tem muitos compromissos financeiros concentrados em um período pequeno, podendo ter dificuldades para cumpri-los. O cenário contrário indica um bom fluxo de caixa.
5. Endividamento financeiro (EF)
O endividamento financeiro (EF) é um indicador de endividamento que mostra o resultado da comparação entre o valor da dívida e o investido pelos sócios/donos. A fórmula para calcular é:
- EF = (Dívida Bruta ÷ Patrimônio Líquido) x 100
Quanto maior a porcentagem do EF, maior é o grau de endividamento da empresa.
6. Endividamento geral (EG)
Fechando a lista de indicadores de endividamento, temos o endividamento Geral (EG). A métrica indica a dimensão do comprometimento com dívidas em relação aos ativos totais da empresa. O cálculo é feita por meio da fórmula:
- EG = (Capital de terceiros ÷ Ativos totais) x 100
Um resultado alto indica que o índice de endividamento é elevado, e a empresa pode ter dificuldades para sustentar seus compromissos financeiros.
Leia também >>> 11 indicadores financeiros de uma empresa para acompanhar.
Como calcular o índice de endividamento?
Os dados para calcular os indicadores de endividamento são extraídos do balanço patrimonial da empresa. Por isso, é fundamental que o documento contábil seja feito anualmente para facilitar os cálculos por meio das fórmulas de cada indicador e a avaliação financeira.
O auxílio de um contador facilita o processo, pois o balanço reúne dados relacionados aos ativos e passivos circulantes e imobilizados da empresa. Portanto, um erro pode comprometer a interpretação dos resultados.
Como destacamos, quanto maiores forem os resultados dos indicadores de endividamento, maior é o risco de insolvência, ou seja, da empresa ir à falência.
Qual a importância de acompanhar esses resultados?
O cálculo dos indicadores de endividamento é importante porque evita surpresas em relação às dívidas, permitindo que as empresas adotem medidas preventivas e de recuperação antes que o problema escale.
Os donos junto aos gestores financeiros podem tomar decisões mais precisas e definir de que forma vão atuar para contornar o momento atual.
Dessa forma, a empresa pode buscar estratégias para reduzir os custos do negócio ou prospectar mais clientes, aumentando o faturamento mensal e evitando pedidos de empréstimos com juros elevados.
Reduza custos e melhore seu planejamento
A redução de custos auxilia tanto no controle dos indicadores de endividamento quanto na eficiência operacional, pois as soluções otimizam o trabalho e a produtividade da equipe.
Entre as principais economias na indústria, a redução dos gastos com energia elétrica é a principal. O acesso das empresas ao Mercado Livre de Energia permite a negociação direta com fornecedores e o acesso a preços mais competitivos, além da possibilidade de comprar energia limpa.
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