Desde 2010, as práticas de gestão de resíduos sólidos no Brasil são regidas pelas diretrizes da Lei nº 12.305, que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) no país.
Com a legislação, as empresas e indústrias geradoras de algum tipo de sobra devem gerenciar corretamente esses materiais, especialmente os perigosos e potencialmente poluentes, dando a destinação e o tratamento necessários.
Além do manejo adequado para evitar a poluição poluição ambiental, a política incentiva a reciclagem e o reuso dos resíduos dentro da cadeia produtiva dos negócios.
E parece que o estímulo já tem gerado resultados!
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) entrevistou executivos de 1004 empresas nacionais de diferentes setores e 91% afirmaram ter ações para reduzir a geração de resíduos sólidos na produção.
O diretor-executivo de Meio Ambiente e Sustentabilidade da CNI, Davi Bomtempo, destaca que as iniciativas estimulam a competitividade na indústria, além de contribuir para diminuir a poluição, a crise do clima, a preservação da biodiversidade, a segurança alimentar e a saúde da população.
Continue a leitura do artigo e entenda os principais pontos da gestão de resíduos sólidos e quais os requisitos para que ela seja feita corretamente.
Boa leitura!
O que é gestão de resíduos sólidos?
A gestão de resíduos sólidos é o processo que organiza e gerencia as boas práticas que orientam a avaliação, a separação e a destinação correta dos resíduos industriais. O trabalho ainda inclui a adaptação da infraestrutura técnica e operacional da empresa para que as diretrizes definidas sejam cumpridas.
Esse conjunto de regras é definido a partir da análise das sobras de produção, desde matérias-primas, restos de embalagens até subprodutos, como água da lavagem de tecidos.
O objetivo é planejar o destino dos resíduos gerados, avaliando o que pode ser reutilizado internamente (e até gerar novos produtos), o que vai para reciclagem (parcerias com cooperativas) e o que receberá tratamento para retirada de poluentes antes do descarte.
A gestão de resíduos é uma iniciativa-chave para o desenvolvimento da economia circular, que contribui com a economia de baixo carbono, a conservação do meio ambiente e das florestas e com a transição energética.
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Classificação dos resíduos
Os tipos de resíduos sólidos são classificados em três categorias, de acordo com a NBR 10.004 da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). Essa separação considera o potencial de impacto das sobras da produção no meio ambiente e para saúde pública, definindo como cada um deve ser gerenciado. Veja a classificação:
Classificação I – resíduos perigosos
Os resíduos perigosos são os que possuem algum tipo de risco, como substâncias inflamáveis, tóxicas ou corrosivas.
Classificação II – resíduos não inertes
Os restos de produção classificados como ‘não inertes’ não apresentam periculosidade, mas tem características como combustão, biodegradabilidade e solubilidade em água.
Classificação II B – resíduos inertes
Os resíduos industriais inertes são os que não têm componentes solubilizantes quando comparados aos padrões de potabilidade da água em testes. Ou seja, a água pode ser consumida ao entrar em contato com essa categoria de resíduos.
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Qual o principal objetivo da gestão de resíduos no Brasil?
Os principais objetivos de se realizar uma gestão de resíduos sólidos eficiente são:
- Avaliar o volume de materiais consumidos na produção e o impacto deles;
- Diminuir a quantidade de resíduos gerados;
- Destinar corretamente e de forma segura as sobras da produção;
- Proteger a saúde da equipe e da população;
- Preservar o meio ambiente e os recursos naturais, contribuindo com as políticas de saúde pública.
Na indústria cerâmica, por exemplo, a busca por mais eficiência energética está levando a uma remodelação dos negócios.
O processo prioriza não só a inclusão de fontes de energia limpa e renovável, como também o gerenciamento efetivo do consumo de matéria-prima, equipamentos e da segurança das operações, garantindo que a equipe tenha um ambiente de trabalho de qualidade.
Um levantamento do programa PotencializEE destaca que a indústria de cerâmica alcança um nível de economia de energia de aproximadamente 25% ao ano.
Isso reforça o quanto os objetivos sustentáveis nos negócios se integram entre si, proporcionando benefícios que favorecem um processo produtivo com menos impacto.
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Como é feita a gestão dos resíduos sólidos?
A gestão de resíduos sólidos é feita em seis etapas, que envolvem a separação e classificação dos resíduos, a forma de acondicionamento, como será feito o transporte interno, onde os restos ficarão armazenados, transporte externo e destinação final. Veja as atividades em cada etapa a seguir:
1. Separação e classificação de resíduos
A gestão de resíduos sólidos começa na separação dos tipos de resíduos e sua classificação. Por exemplo, uma indústria pode categorizar as sobras em:
- Resíduos orgânicos;
- Resíduos não recicláveis;
- Resíduos recicláveis;
- Resíduos perigosos.
Dessa forma, é mais fácil organizar estações de descarte com a identificação correta do tipo de lixo que pode ser descartado. Nesse contexto, é válido destacar que a identificação visual é essencial para orientar a equipe no cumprimento dos processos.
2. Forma de acondicionamento dos resíduos
A segunda etapa da gestão de resíduos sólidos diz respeito ao acondicionamento dos resíduos que precisam ficar protegidos em embalagens resistentes. Por exemplo, sacos de cores diferentes para cada tipo de resíduo, com atenção especial para resíduos perigosos.
3. Transporte interno
A gestão de resíduos sólidos também define o processo de transporte interno. Para isso, é preciso organizar containers com a capacidade correta, além dos equipamentos de proteção individual para o manejo de resíduos perigosos.
4. Armazenamento
O armazenamento é uma etapa importante da gestão de resíduos sólidos, pois garante que as sobras de materiais fiquem em um local seguro. O objetivo é criar um espaço de fácil circulação, organizado e sinalizado para que cada tipo de resíduo seja identificado corretamente.
5. Transporte externo
A forma de transporte externa é uma decisão-chave, pois é preciso ter parceiros confiáveis, como empresas especializadas no transporte de resíduos e cooperativas de reciclagem.
Essa prática favorece a organização do cronograma de coletas e evita acúmulo de resíduos na área de armazenamento.
6. Destinação final
A última etapa da gestão de resíduos sólidos é a destinação final dos resíduos que podem ir para compostagem, aterro sanitários licenciados, empresas de reciclagem, logística reversa, entre outras soluções.
Esse ciclo garante que as indústrias tenham o controle de cada etapa e saibam por onde os resíduos passam, garantindo o fim adequado.
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Ter processos mais eficientes é o primeiro passo para reduzir custos e otimizar o consumo de recursos essenciais para a manutenção das atividades do negócio. Além da gestão de resíduos sólidos, a gestão energética é outro aspecto fundamental para melhorar o desempenho no mercado.
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