Se você não tem ideia de quais são, como as despesas do seu negócio são mantidas e se elas têm o melhor valor possível, é hora de conhecer a gestão estratégica de custos (GEC).
A saúde financeira é uma característica determinante para uma empresa se manter ou não ativa no mercado. Um levantamento do Sebrae-SP de 2013 apontou que 39% dos empreendedores não sabiam, por exemplo, qual era o capital de giro necessário para abrir o negócio.
Por isso, ter uma visão clara das necessidades do negócio e saber se existe dinheiro disponível para manter os custos operacionais são respostas que você precisa buscar.
Continue a leitura do artigo e entenda o que é a gestão estratégica de custos como um diferencial competitivo nas empresas e como implementar esse processo. Boa leitura!
O que é gestão estratégica de custos (GEC)?
A gestão estratégica de custos (GEC) é um processo que reúne práticas e ferramentas para medir, gerenciar e planejar estrategicamente todos os gastos que uma empresa necessita para funcionar.
A partir dos dados obtidos pelas análises é possível identificar onde existem possibilidades de otimizar os investimentos, de mudar de fornecedor, cortar gastos supérfluos, entre outras vantagens.
O objetivo é diminuir custos e aumentar os lucros, implementando soluções que colaboram para criar um sistema de produção eficiente.
Mas além de gerar economia e competitividade em relação ao preço, a gestão estratégica de custos também foca na criação de valores, implementando benefícios que melhoram a estrutura interna e o produto/serviço que o cliente recebe.
As definições estabelecidas na GEC precisam ser comunicadas e assimiladas pela equipe para que as boas práticas se consolidem e as mudanças realmente gerem resultados.
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Qual a importância da gestão estratégica de custos?
A gestão estratégica de custos é importante nas empresas porque vai eliminar qualquer traço de decisão tomada “no escuro”, ou seja, sem dados embasando a definição.
Cada resolução tomada gera um impacto, então, é preciso ter informações disponíveis para criar uma nova meta, definir as ações para alcançá-la e mensurar os indicadores que vão mostrar o quão eficiente o trabalho foi.
Então, para ser realmente estratégico nos investimentos feitos para melhorar a produção e a entrega para o cliente, não se esqueça de avaliar os custos e buscar formas de potencializar os investimentos.
Quais são os tipos de custo de um negócio?
Os tipos de custo podem ser dividido em quatro categorias:
- Custos fixos: independentemente de qualquer variação são custos que se mantêm os mesmos. Ex: aluguel, salário dos funcionários, serviço como internet, etc;
- Custos variáveis: se alteram conforme o volume de produção ou se a prestação de serviço aumenta ou diminui. Ex: serviços de logística, comissão, etc;
- Custos diretos: são aqueles ligados ao produto (matéria-prima, mão de obra, equipamentos, etc.);
- Custos indiretos: são custos como manutenção e limpeza da fábrica, energia elétrica, serviço de vigilância e manutenção de equipamentos.
Outros conceitos importantes relacionados à gestão estratégica de custos e que precisam estar bem definidos são:
- Gastos: são pagamentos feitos em compras necessárias para atender algum objetivo geral do negócio;
- Investimento: são custos realizados visando um benefício futuro;
- Custo: é o gasto com insumos que vão ser utilizados na linha de produção para gerar o produto vendido ou o serviço prestado;
- Despesa: é um gasto com um material ou serviço que colabora direta ou indiretamente para gerar receita;
- Desembolso: é a saída do pagamento relativo a aquisição de um bem ou serviço;
- Perda: são gastos não previstos e que não geram receita de volta para o negócio.
7 boas práticas para gestão estratégica de custos
Para que a gestão estratégica de custos seja um diferencial competitivo nas empresas, existem algumas tarefas que devem ser executadas para orientar as tomadas de decisão.
Separamos sete práticas de GEC viáveis para qualquer negócio implementar:
1. Custeio ABC
O custeio ABC é a sigla em inglês para Activity Based Costing que é traduzido como custeio baseado em atividades. É uma técnica que analisa detalhadamente os gastos das atividades da empresa.
Dessa forma, o gestor gerencia com mais precisão cada setor e consegue identificar, mensurar, reduzir e eliminar atividades que possuem custos, mas não geram valor para o produto ou cliente.
2. Benchmarking
Além de voltar a atenção para dentro, a gestão estratégica de custos também olha para fora com objetivo de fazer benchmarkings para identificar boas práticas de gestão no mercado.
Depois de identificar ações com potencial, é possível compará-las com o que a empresa pratica atualmente e adotar mudanças que melhorem os resultados alcançados.
3. Estimativa do custo da concorrência
Outra prática útil no trabalho de gestão estratégica de custos é analisar a estimativa de custo da concorrência para ficar atento às movimentações de outras empresas no mercado.
É possível buscar dados indiretamente e fazer estimativas com base em informações obtidas com clientes, no próprio site das empresas ou mesmo com fornecedores em comum.
4. Custeio do ciclo de vida
O custeio do ciclo de vida é uma prática usada para avaliar o custo integral de produção de um produto em cada uma das etapas de produção.
A análise passa pela criação, produção, venda, consumo e descarte. Todos esses momentos geram um custo que impacta, por exemplo, na precificação de cada item produzido. Por isso, vale a pena fazer esse estudo.
5. Custeio da qualidade
O acompanhamento do custeio da qualidade faz um monitoramento dos custos que garantem a qualidade final do produto ou serviço para evitar falhas internas (retrabalho e perdas) e externas (devolução, ativação de garantia).
6. Análise de custo ambiental
A análise de custo ambiental avalia os custos necessários para que a empresa alcance a sustentabilidade em suas operações, estudando formas de poupar recursos como energia elétrica, investir em reciclagem e estudos sobre impacto no meio ambiente.
Leia também: Aprenda como fazer uma campanha de economia de energia elétrica na sua empresa.
7. Custeio e precificação estratégicos
O custeio e precificação estratégicos faz uma avaliação dos custos visando um posicionamento eficiente da empresa no mercado, ganho de vantagem competitiva e manutenção dessa posição. Também avalia a reação dos concorrentes em relação aos preços praticados e as respostas às mudanças.
Dica extra: faça uma economia estratégica no seu negócio
Como o próprio termo destaca, a gestão de custos deve ser estratégica, o que significa que é preciso ter bastante atenção em relação aos pontos em que sua empresa decide economizar.
Para melhorar o gerenciamento de custos de um ativo essencial como a energia elétrica que permite que o trabalho de produção aconteça, existe uma mudança assertiva e acessível para muitas empresas.
A solução é migrar para o Mercado Livre de Energia, um ambiente de contratação livre (ACL), onde empresas consumidoras negociam preço, prazo, demanda e método de pagamento direto com as empresas geradoras ou comercializadoras de energia elétrica do país.
A Esfera Energia é uma empresa que realiza a consultoria completa para ajudar os clientes a migrarem para o Mercado Livre de Energia. Fazemos a contratação de energia sob medida para seu negócio e operamos em conformidade com as normas da CCEE e ONS.
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