De olho na eficiência energética, o governo cria várias estratégias para economizar energia em prédios públicos.
Em 2021, por exemplo, o Decreto nº 10.779 estabeleceu medidas para reduzir o consumo de energia elétrica na administração pública federal.
Ao todo, são 22 mil edifícios próprios e aproximadamente 1.400 imóveis alugados, que representam uma fatia considerável do consumo total de eletricidade.
O gasto energético residencial, comercial e público corresponde a cerca de 50% do montante de energia utilizado no país, segundo o Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (PROCEL).
Além do custo da energia, as medidas de economia promovem a sustentabilidade com o uso de fontes renováveis e limpas.
Continue no artigo e conheça os desafios para controlar os gastos das principais fontes de consumo de energia, estratégias para economizar e exemplos de eficiência energética e tecnologias verdes.
Boa leitura!
Fontes de consumo de energia em prédios públicos
Os prédios públicos têm um alto volume de ocupação e operações intensas. Por esse motivo, o controle do consumo representa o principal desafio energético. O trabalho exige não só atualizações na rede elétrica e nos equipamentos, mas também a conscientização sobre o uso inteligente da energia.
Geralmente, os projetos de eficiência energética priorizam a otimização das fontes de consumo de energia em prédios públicos para reduzir os custos.
Os principais alvos são os sistemas de iluminação, que abrangem tanto as áreas internas quanto as externas, além dos procedimentos de climatização e ventilação dos ambientes.
As lâmpadas e os aparelhos de ar-condicionado ou aquecimento são grandes vilões do consumo, especialmente quando são modelos antigos.
Equipamentos de escritório e tecnologia, como computadores, impressoras, servidores e bebedouros, funcionam por várias horas ao dia. Sem um padrão de uso sustentável, o desperdício de energia tende a ser alto.
Por fim, os elevadores, essenciais para o transporte de pessoas e cargas, também representam um alto consumo de energia. No entanto, existem mecanismos que podem torná-los mais eficientes e econômicos.
Dicas para economizar energia em prédios públicos
As ações para economizar energia em prédios públicos variam conforme a estrutura e o tipo de atividade. No entanto, existem medidas que são comuns nos projetos de eficiência energética.
A seguir, confira dicas de substituição e mudanças de hábitos que ajudam a reduzir o consumo.
1. Instalação de iluminação LED e sensores de presença
As lâmpadas de LED são mais econômicas e podem reduzir o consumo em até 80% em comparação aos modelos halógenos e dicroicos, e em até 50% em relação às fluorescentes.
O uso de sensores de movimento em áreas de baixo tráfego, como corredores e banheiros, evita que as lâmpadas fiquem acesas desnecessariamente e complementa a eficiência da iluminação.
2. Controle inteligente de temperatura
Além da instalação de aparelhos com selo de eficiência energética, a automação da climatização representa uma solução estratégica para economizar energia em prédios públicos.
Esse tipo de tecnologia inteligente controla e ajusta automaticamente a temperatura por meio de sensores conforme o clima e a ocupação dos espaços, o que garante mais eficiência e conforto.
3. Uso eficiente de equipamentos
Outra estratégia para economizar energia em prédios públicos consiste em estabelecer regras para o uso eficiente dos equipamentos, como:
• definir uma política de desligamento de aparelhos fora de uso;
• implementar automações para desativar os equipamentos no fim do expediente;
• ativar o modo de economia de energia para aparelhos em stand-by.
Aliado ao uso de modelos de baixo consumo energético, o consumo consciente contribui para evitar desperdícios.
4. Checagem do isolamento térmico
O isolamento térmico desempenha um papel essencial na eficiência do sistema de climatização. A vedação adequada impede escapes de ar, o que reduz a demanda de trabalho do ar-condicionado.
Outra solução eficaz envolve a instalação de películas de controle solar nas janelas, que reduzem o brilho do sol nas horas críticas do amanhecer e entardecer, diminuem a troca térmica e evitam sobrecarga na climatização.
5. Energias renováveis e fontes alternativas
O uso de energia renovável faz parte das estratégias centrais para economizar energia em prédios públicos. A alta incidência solar facilita a instalação de painéis fotovoltaicos, que geram energia mais barata e limpa.
Outros tipos, como energia eólica, biomassa e hidráulica, já recebem investimentos no país e diversificam a matriz elétrica. O Mercado Livre de Energia facilita o acesso a essas fontes alternativas.
6. Educação e conscientização dos funcionários
A cooperação dos funcionários tem um papel determinante para economizar energia em prédios públicos. O uso eficiente dos equipamentos gerais e individuais contribui diretamente para o sucesso do projeto de eficiência energética.
Assim, campanhas internas, treinamentos e a apresentação dos resultados de economia ajudam a conscientizar e incentivar o uso responsável de energia.
Exemplos de eficiência energética em prédios públicos
No Brasil, existem ótimos exemplos de eficiência energética em prédios públicos.
Em Cuiabá, o Centro SEBRAE de Sustentabilidade valoriza a luz natural por meio de paredes de vidro, além de usar a energia solar no abastecimento e lâmpadas de LED na iluminação complementar.
O prédio do Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro, também aposta na autoprodução sustentável de energia por meio de painéis fotovoltaicos. O sistema de refrigeração reutiliza a água da Baía de Guanabara.
Para incentivar a adoção de boas práticas de economia e sustentabilidade energética, o governo federal anunciou, em junho de 2024, a destinação de R$ 100 milhões para reformas em prédios públicos.
O objetivo é que as edificações desenvolvam propostas com soluções inteligentes para reduzir o consumo de energia elétrica, principalmente por meio de fontes renováveis.
Tecnologias verdes para prédios públicos
As tecnologias verdes ajudam a criar projetos de eficiência energética sustentáveis, que valorizam os recursos naturais para economizar o máximo de energia. Os principais exemplos são:
• sistemas baseados em inteligência artificial: monitoram os dados e otimizam o consumo de energia, iluminação e temperatura;
• telhado verde: cobertura de plantas que melhora o conforto térmico da edificação, reduz as ilhas de calor e aumenta a eficiência energética;
• mecanismos de reaproveitamento de água da chuva: abastecem atividades, como serviço de limpeza, descarga de banheiros, fontes externas e sistema de irrigação dos jardins;
• materiais sustentáveis: pisos, tintas e revestimentos ecológicos valorizam a construção e têm menor impacto ambiental.
• arquitetura sustentável: projetos que valorizam a iluminação natural e insumos renováveis criam operações eficientes energeticamente em longo prazo.
Importância da redução de custos de energia em instituições públicas
A redução dos custos de energia é uma meta importante não só para o planejamento financeiro, mas também para atingir objetivos sustentáveis, melhorar a competitividade e educar os funcionários sobre o consumo consciente.
Outro resultado-chave é a eficiência energética. Ou seja, manter as operações sem aumento na demanda de energia elétrica.
As dicas para economizar energia em prédios públicos, aliadas ao uso de tecnologias verdes, auxiliam na criação de edificações modernas e autossuficientes energeticamente, uma forma de inovar e fortalecer o posicionamento da marca no mercado.
Assim, o investimento em soluções econômicas e inteligentes impulsiona o crescimento das fontes alternativas de energia, amplamente disponíveis no Brasil.
Quer aprender mais sobre o tema? Leia também:
• Energia renovável no Brasil: confira um panorama completo
• Como economizar energia elétrica na empresa? 5 dicas
• Como os governos podem economizar energia? 3 campanhas atuais