O dia do brasileiro não começa antes de um pão com manteiga no café da manhã. Esse hábito explica a popularidade das padarias no país, que produzem inúmeros quitutes. Porém, oferecer essa variedade gera um custo alto. Tanto que economizar energia em padarias é uma preocupação de muitos gestores.
A explicação se deve ao fato de que a energia elétrica é o terceiro maior gasto operacional das padarias e confeitarias. Segundo o relatório ‘Painel de Mercado da Panificação e Confeitaria’, produzido pelo Sebrae, o insumo representa 11% das despesas.
No entanto, é possível gastar menos energia para realizar o mesmo trabalho e manter o conforto e a qualidade esperados pelos clientes.
A eficiência energética é uma estratégia não só para reduzir custos, mas também aumentar a competitividade e preservar o meio ambiente. Uma das principais mudanças é a migração para o Mercado Livre de Energia.
Continue no artigo e conheça os fatores que mais contribuem para o alto custo energético das padarias, entenda o que é, como funciona e como migrar para o Mercado Livre, além de conferir dicas para reduzir os custos de energia.
Boa leitura!
Por que os custos de energia em padarias são altos?
Os custos de energia em padarias são altos devido ao consumo dos equipamentos, como fornos, refrigeradores e lâmpadas, e ao uso contínuo desses aparelhos. Afinal, muitos permanecem ligados mesmo com o estabelecimento fechado. Por isso, o consumo consciente é fundamental para evitar o desperdício de energia.
O manual ‘Produção Mais Limpa em Padarias e Confeitarias’, do SENAI — Rio Grande do Sul, destaca que os principais pontos de consumo são:
- refrigeradores, freezers e expositores;
- fornos;
- câmaras frias, freezers e refrigeradores (produção);
- iluminação;
- masseiras e cilíndricos;
- estufa e micro-ondas;
- ar-condicionado.
O consumo elétrico de fornos industriais, por exemplo, representa 50% do gasto mensal de energia, segundo o ‘Estudo do impacto da inovação tecnológica no setor de panificação e confeitaria’, realizado pelo Sebrae em parceria com a Associação Brasileira das Indústrias de Panificação e Confeitaria (ABIP).
Além disso, o valor da tarifa convencional de energia no Mercado Cativo, regulado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), sofreu vários aumentos nos últimos anos, o que impactou diretamente os custos operacionais dos negócios.
Devido a esses fatores, escolher equipamentos que unem tecnologia, inovação e economia é uma estratégia inteligente para montar ou atualizar a infraestrutura e alcançar a eficiência energética.
Porém, essa não é a única solução para economizar energia em padarias. Veja, a seguir, uma das alternativas mais eficazes.
O que é o Mercado Livre de Energia e como funciona?
O Mercado Livre de Energia é um ambiente de negociação e contratação de energia elétrica exclusivo para os grandes consumidores do país, como padarias e confeitarias, que desejam comprar energia a um custo mais baixo.
A contratação ocorre por meio do contato direto com os geradores e comercializadores de energia. Dessa forma, é possível definir detalhes comerciais dos contratos, como:
- preço;
- prazo;
- volume de energia necessário;
- período de abastecimento;
- forma de pagamento.
No Mercado Cativo, os consumidores compram energia exclusivamente das distribuidoras e não têm liberdade para negociar o valor da tarifa, estabelecido pela ANEEL. Para se ter uma ideia da variação, a agência projeta um aumento de 3,5% nas tarifas para 2025.
Por esse motivo, o Mercado Livre é a principal estratégia dos gestores para economizar energia em padarias. Desde janeiro de 2024, todas as unidades consumidoras do Grupo A, de média e alta tensão, podem migrar de mercado, independentemente do consumo.
Quais são os benefícios do Mercado Livre de Energia para padarias?
Os principais benefícios do Mercado Livre de Energia para padarias incluem a redução dos gastos operacionais, melhoria na previsão do orçamento mensal e mais sustentabilidade ambiental e econômica.
A diminuição nos custos da conta de luz pode chegar a 35% com a migração para o Ambiente de Contratação Livre (ACL). Essa economia ajuda não só a economizar energia em padarias, pois o preço é inferior ao pago no Mercado Cativo, mas também a ampliar a margem financeira.
Fora das oscilações tarifárias, é possível melhorar a previsibilidade do orçamento. O planejamento da demanda contratada permite firmar contratos estratégicos que garantam o abastecimento pelo melhor preço.
Outro benefício é a possibilidade de contratar energia renovável, como solar e eólica, para abastecer as operações.
A escolha por fontes sustentáveis gera impactos ambientais positivos, como a redução na emissão de gases de efeito estufa e poluentes atmosféricos, além da valorização dos recursos naturais.
Como migrar para o Mercado Livre de Energia?
O principal requisito para economizar energia em padarias com a mudança para o Mercado Livre é ser uma unidade consumidora do Grupo A. O passo a passo da migração varia conforme o modelo escolhido: tradicional ou varejista.
No modelo tradicional, uma gestora atua como representante ou a empresa conduz de forma autônoma todas as etapas do processo e, posteriormente, a negociação dos contratos.
No modelo varejista, um comercializador varejista atua como representante legal. Além de realizar todas as exigências para regularizar a entrada da empresa no ACL, conduz as negociações dos contratos de compra de energia.
Após a escolha do modelo, as principais etapas são:
- realizar a análise de viabilidade para migração;
- rescindir o contrato com a distribuidora de energia local;
- criar uma estratégia para contratação, comparar ofertas e fornecedores;
- aderir à Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE);
- adequar o sistema de medição da empresa e aguardar a aprovação do cadastro do ponto.
A contratação de uma consultoria especializada para negociação e gestão dos contratos é uma estratégia-chave para garantir as melhores condições de contratação.
Como economizar energia elétrica em padarias?
Além de migrar para o Mercado Livre, outras medidas para economizar energia em padarias incluem:
- usar equipamentos mais eficientes: priorize modelos industriais com a Etiqueta Nacional de Conservação de Energia (ENCE), ferramenta que identifica equipamentos com melhor desempenho energético;
- reduzir o consumo ocioso: planeje a produção para aproveitar a capacidade máxima do forno e ampliar o volume da produção;
- evitar abrir as portas dos refrigeradores com frequência: retire todos os produtos de que precisa de uma só vez;
- utilizar lâmpadas econômicas: os modelos de LED reduzem o consumo em até 80%. Sensores de presença automatizam a iluminação em áreas como banheiros e estoques;
- fazer manutenção preventiva no sistema elétrico: verifique o isolamento térmico e as resistências dos fornos e demais componentes, ao menos a cada seis meses.
Alcance a eficiência energética no setor de panificação
Todos os dias, 47,5 milhões de pessoas visitam padarias brasileiras, o que representa 22,1% da população do país. Em 2024, o setor faturou R$ 153,36 bilhões, segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Panificação e Confeitaria (ABIP).
Um público tão expressivo e um mercado aquecido são motivos mais do que suficientes para investir no setor e aproveitar seu potencial de lucro.
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