Todos aqueles que buscam formas de gerar eletricidade causando o mínimo de impacto negativo possível sabem bem o que é energia solar. Seu uso tem crescido consideravelmente nos últimos anos por se tratar de uma fonte limpa, renovável e – no caso de um país ensolarado – abundante.
Essas características têm, inclusive, atraindo cada vez mais os vendedores e consumidores do Mercado Livre de Energia. Mas, se vivemos em um país em que o sol brilha o ano inteiro, por que esse tipo de energia ainda tem uma participação inferior a 2% na matriz energética brasileira?
Para responder essa pergunta, é preciso ir mais fundo e entender como funciona a energia solar. É o que você descobrirá neste artigo, assim como as vantagens e desvantagens da sua utilização, para saber se é um investimento rentável para sua empresa e até mesmo para sua casa.
O que é energia solar?
A energia solar é todo tipo de energia gerada pelo calor e pela luz do Sol. Seu diferencial em relação a outras fontes renováveis é depender apenas dos raios solares, presentes mesmo em dias nublados, e não tanto de fatores climáticos ou geográficos, como a eólica e a geotérmica.
Normalmente o termo é associado às grandes placas usadas para captar os raios solares e convertê-los em energia elétrica. Porém, dependendo do sistema usado para a conversão dos raios solares, a energia solar pode ser usada tanto para gerar eletricidade como energia térmica.
Para entender exatamente como é produzida a energia solar, vamos conferir no próximo tópico o que diferencia seus diferentes tipos de captação e geração.
Quais são os tipos de energia solar?
De acordo com a tecnologia utilizada, existem três tipos de energia solar:
- Energia solar fotovoltaica
- Energia fototérmica
- Energia heliotérmica
Além do método de conversão dos raios solares, a maior distinção entre essas tecnologias é o tipo de estabelecimento onde são instaladas. Vamos detalhar o funcionamento de cada uma logo abaixo.
Como funciona a energia solar fotovoltaica
A fotovoltaica é o tipo de energia solar mais comum e economicamente viável, razão pela qual é a que mais vemos instalada em residências e estabelecimentos comerciais. Se conectada à rede elétrica convencional, pode reduzir o valor da conta de luz em até 95%.
O sistema é composto por painéis ou placas solares, confeccionados em materiais semicondutores como o silício, que captam os raios solares. Em seguida, os elétrons dessa irradiação passam pelo chamado inversor solar, que os transforma em energia elétrica consumível
A eficiência da conversão está diretamente ligada à incidência solar sobre os painéis. Porém, embora produza mais eletricidade em dias de céu aberto, o sistema também funciona em dias nublados, não sendo muito afetado por fatores como a sazonalização.
Como funciona a energia fototérmica
Também conhecido como aproveitamento térmico, o sistema fototérmico também usa placas solares para coletar a energia da radiação solar. Mas, nesse caso, ela será transferida para a água para aquecê-la e permitir seu uso em casas, comércio e até mesmo na indústria.
Os painéis solares fototérmicos possuem aletas feitas de cobre ou alumínio fabricadas em cores escuras para facilitar a absorção da radiação e transformá-la em calor. Em seguida, o calor é transportado por tubos isolados até chegar ao reservatório de água.
O reservatório é capaz de armazenar a água para ser utilizada tanto durante a noite como em dias nublados. O tamanho desse reservatório e a quantidade de placas variam de acordo com a quantidade de água quente utilizada.
Como funciona a energia heliotérmica
O último tipo de energia solar é também o mais complexo, o que o torna de uso exclusivamente industrial. Nesse sistema, os raios solares são captados e acumulados em um receptor único, normalmente formado por espelhos e instalado em torres altas.
No método heliotérmico, tanto a absorção como a conversão da energia solar seguem os mesmos princípios do sistema fototérmico. A diferença é que depois é transformada em energia mecânica e, em seguida, em energia elétrica, assim como acontece nas usinas termoelétricas.
Vantagens e desvantagens da energia solar
Após saber o que é energia solar e como funciona cada um dos seus tipos, é hora de conferir um checklist com seus prós e contras.
Vantagens da energia solar
- Economia na conta de luz;
- Não polui o planeta;
- É renovável e abastecida por uma fonte teoricamente inesgotável;
- Exige pouca manutenção;
- Não requer áreas extensas como as hidrelétricas;
- Fonte abundante para países tropicais, como o Brasil.
Desvantagens da energia solar
- Preço elevado de produção em comparação com outras fontes renováveis;
- Formas de armazenamento pouco eficientes;
- Intermitência da geração (apenas durante o dia);
- Queda brusca de produção durante o inverno em locais de alta e média latitude.
Por que a energia solar ainda não é muito utilizada no Brasil?
Se você chegou à conclusão de que a energia solar é um bom investimento após analisar os dados acima, é bem possível que agora esteja se perguntando: por que essa fonte limpa e inesgotável é tão pouca difundida no Brasil?
Embora o uso de energia solar em residências tenha crescido 70% em 2019, o Brasil tinha até 2018 apenas 1 gigawatt em termos de capacidade instalada de geração fotovoltaica. A China, por sua vez, tem 130 gigawatts.
Um dos principais fatores que explicam esses números baixos é a falta de incentivo do governo. Para se ter uma ideia, apenas em 2013 a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) permitiu que as pessoas pudessem gerar sua própria energia e trocar o excedente por créditos na concessionária.
Além disso, existem poucas campanhas informativas sobre os benefícios da energia solar no Brasil. Isso faz com que muita gente se foque apenas no custo elevado da geração, o que nos leva à próxima pergunta.
Por que a energia solar é cara?
A resposta mais simples para essa pergunta é o custo da instalação dos painéis de captação dos raios solares. Embora a manutenção não seja custosa, é preciso gastar uma quantia considerável na compra dos equipamentos.
Além disso, algumas outras variáveis podem afetar o preço da energia solar, como:
- Incidência solar;
- Potência do sistema;
- Local da instalação dos painéis;
- Média de consumo energético do imóvel;
- Valor da tarifa de energia elétrica da região.
No entanto, vale lembrar que, por ser renovável e ajudar a diversificar a matriz energética, a fonte solar se enquadra na categoria de energia incentivada. Isso significa que recebe descontos do governo na transmissão da energia realizada pela concessionária, aplicados tanto para a geração quanto para o consumo.
No Mercado Livre de Energia, os consumidores livres e especiais podem negociar diretamente com o gerador ou comercializador de energia. Além disso, os livres podem ainda escolher o tipo de geração, seja ela convencional ou incentivada, como a solar, enquanto os especiais devem adquirir a incentivada.
Mesmo com os descontos, a energia solar pode acabar saindo mais cara que a convencional. Por isso, para torná-la um investimento seguro e rentável dentro do Ambiente de Contratação Livre, o ideal é contar com uma consultoria especializada, como a da Esfera Energia.
Além de cuidar do processo burocrático da migração para o Mercado Livre, a Esfera tem soluções que otimizam a previsão de custos e a gestão da energia elétrica. E, caso sua empresa seja uma usina geradora, oferece todo suporte na comercialização, sempre pelo melhor preço e com segurança regulatória.
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