Um estudo divulgado em 2021 pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), indicava que 97% da potência de energia elétrica gerada no Brasil viria de usinas termelétricas movidas a gás natural, uma energia suja e com um custo muito maior.
Mesmo com a fonte hidráulica sendo predominante na matriz elétrica nacional, a alta demanda de geração de energia é complementada por fontes de energia suja, ou seja, não renováveis e que ainda geram resíduos.
Nesse sentido, a necessidade de produzir cada vez mais energia para manter as atividades econômicas soa o alerta para a escassez de recursos e os impactos no meio ambiente.
Para entender melhor esse cenário, reunimos neste artigo tudo que você precisa saber sobre energia suja, quais os tipos existentes, as desvantagens e as alternativas de fonte de energia possíveis. Boa leitura!
O que é energia suja?
Energia suja é o nome dado para as fontes de energia não renováveis e geradoras de resíduos poluentes, que contaminam o ar e/ou o meio ambiente.
A utilização de fontes de energia suja prejudica a população por causa da alta liberação de restos da produção, como é o caso dos grandes centros urbanos.
Porém, os prejuízos da poluição ambiental já atingem a população do planeta como um todo. Um exemplo disso é o aquecimento global que tem efeitos em todas as regiões do globo, alterando as características dos climas locais.
Em uma pesquisa recente feita pela Carbon Brief que analisou dados desde 1850 sobre emissão de carbono tanto pela queima de combustíveis fósseis quanto por desmatamento, colocou o Brasil na 4ª posição entre os países que mais poluem historicamente no mundo.
Esse cenário gera os impactos sentidos atualmente como a crise hídrica. De forma adicional, as altas taxas de desmatamento desequilibram os biomas, prejudicando os ciclos de chuva e gerando longos períodos de estiagem.
Isso chama a atenção para as políticas atuais e torna ainda mais importante entender o impacto das energias sujas e a necessidade de investir mais nas fontes de energia limpa para atender a demanda do país.
Quais são as fontes de energia suja?
As principais fontes de energia suja existentes são:
- Petróleo: o refinamento resulta em combustíveis como querosene de aviação, gasolina e diesel;
- Carvão mineral: usado nas termelétricas para geração de energia elétrica;
- Carvão vegetal (lenha): usado na indústria siderúrgica e como combustível em aquecedores, churrasqueiras, etc.;
- Energia nuclear: é considerada um exemplo de energia suja por causa do lixo radioativo que sobra do processo de geração;
- Gás natural: também é utilizado em termelétricas, sistemas de aquecimento e como matéria-prima em vários setores da indústria.
Leia mais: Fontes de energia convencionais: o que são e quais as principais?
Desvantagens da utilização da energia suja
Existem mais desvantagens diretas e indiretas que a utilização dos tipos de energia suja causam. Entenda cada um deles abaixo:
1. São fontes de energia não renováveis
O termo não renovável já indica a principal desvantagem da energia suja. Uma vez utilizada, a matéria-prima produz a energia elétrica, gera resíduos e é necessário mais para recomeçar o processo.
Por isso, muitos países investem em pesquisas para encontrar fontes abundantes de carvão e petróleo, por exemplo, para conseguir equilibrar toda a cadeia desde a extração até a produção e uso propriamente dito.
Leia também: Fontes de energia convencionais: o que são e quais as principais?
2. Custo elevado de produção
O custo de manutenção do ciclo produtivo de uma fonte de energia suja é extremamente alto. Na conta entram os gastos com a extração, o transporte, os equipamentos, mão de obra, etc.
As termelétricas, por exemplo, muito acionadas no Brasil para reforçar a produção nos períodos de alta demanda, têm um custo operacional muito mais caro do que as usinas hidrelétricas.
O Ministério de Minas e Energia divulgou uma projeção de custos extra com geração termelétrica em 2021 de R$ 3,9 bilhões, que serão repassados para o consumidor por meio das bandeiras tarifárias.
Ou seja, as fontes de energia suja elevam os custos de toda cadeia, não apenas o de produção, mas também a de consumo.
Leia também: O que são bandeiras tarifárias e como esse sistema funciona?
3. Aumenta a poluição ambiental
Outra desvantagem do uso de fontes de energia suja é a poluição ambiental. A queima de carvão, gás natural e petróleo gera gases poluentes que pioram a qualidade do ar, desencadeando diversos problemas de saúde para a população.
As grandes cidades que, por sua vez, concentram uma grande densidade populacional, sofrem diretamente os malefícios de respirar esses gases tóxicos, diminuindo a qualidade de vida.
4. São os principais intensificadores do efeito estufa e aquecimento global
A emissão de gases poluentes na atmosfera, resíduos dos tipos de energia suja, intensificam o efeito estufa que resulta no aquecimento global.
Como o nome dá a entender, o planeta vira uma estufa, retendo uma quantidade de calor acima da ideal por causa do acúmulo de gases como dióxido de carbono (CO2), metano (CH4) e óxido nitroso (N2O) — os principais intensificadores do efeito estufa em escala global.
O aumento gradativo da temperatura da Terra é uma preocupação. Ele causa diversas alterações na natureza como derretimento das geleiras, escassez de chuvas e desastres naturais.
Que alternativas temos para a energia suja?
As principais alternativas para a energia suja são as fontes de energia renovável, também chamadas de energia limpa, pois não geram resíduos e nem se esgotam.
No Brasil, as fontes mais utilizadas para gerar eletricidade são a energia solar e a energia eólica, que são favorecidas pelas condições climáticas do país.
Atualmente, o país tem 10 gigawatts de potência de geração de energia solar instalada e o governo planeja investir R$100 bilhões no setor para quadruplicar essa capacidade nos próximos anos.
No campo dos combustíveis, a alternativa é o etanol, obtido da fermentação de açúcares de vegetais como cana-de-açúcar, milho e beterraba.
Como usar energia limpa nas empresas?
Ao longo do artigo, pudemos ver como a energia suja impacta o mundo todo. Enquanto as energias limpas ainda estão emergindo e ganhando investimentos dos governos, indústrias e dos próprios cidadãos.
Mas o primeiro passo é a conscientização da necessidade de encontrar maneiras de preservar o mundo em que vivemos e conhecer o potencial das fontes renováveis.
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