A Energia Natural Afluente, conhecida também pela sigla ENA, é a quantidade de água recebida por uma usina hidrelétrica que pode ser transformada em energia.
Dessa forma, quanto maior for a vazão dos rios que alimentam a usina e a altura do reservatório, maior a capacidade de geração de energia.
Por isso, quando uma hidrelétrica vai ser construída, é feito um estudo completo da região onde se pretende instalá-la.
Isso porque é importante que a estrutura da usina possa aproveitar a vazão do rio, construindo o reservatório na melhor posição e nas dimensões corretas.
A ENA ainda tem outras funções que vamos explicar ao longo deste artigo.
Continue lendo e entenda mais sobre Energia Natural Afluente, como é feito o cálculo e dados sobre a ENA no Brasil.
O que é Energia Natural Afluente?
Energia Natural Afluente ou ENA é um dado que mostra a quantidade de água que chega dos rios que compõem o sistema hídrico da usina e que pode ser transformada em energia.
Essa informação é importante para o acompanhar a evolução dos recursos hidroenergéticos do país e a eficiência de produtividade de cada usina geradora de energia elétrica.
Também é importante para estudar o desenvolvimento da área das hidroelétricas, acompanhando as variações de chuva, de vazão e criando projeções para o futuro.
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), órgão responsável pelo monitoramento do setor, é quem faz o acompanhamento das taxas de Energia Natural Afluente.
Leia também: Despacho centralizado, entenda como o ONS coordena a geração das usinas.
Qual a importância da ENA?
Os estudos hidrológicos são essenciais para garantir um planejamento energético eficiente e produtividade dos sistemas de geração de energia elétrica.
A partir de dados como a Energia Natural Afluente, as análises sobre a capacidade das usinas e possíveis preocupações são mais fidedignas e ajudam na hora de criar ações para melhorar esse cenário.
Por isso, é importante acompanhar a ENA e outros índices para que o país consiga oferecer preços competitivos e ser estratégico nos investimentos em relação à energia.
Como calcular a Energia Natural Afluente?
No cálculo de Energia Natural Afluente são considerados alguns critérios relacionados a cada estação produtiva. São eles:
- o nível de água do reservatório precisa se manter entre os valores de nível de água mínimo e máximo para operação, salvo em situações excepcionais;
- cada reservatório, de acordo com sua capacidade, deve ter uma faixa preestabelecida para a taxa de variação diária do nível de água do reservatório;
- a vazão de água que passa através das turbinas da usina (vazão turbinada) precisa ser compatível com a geração de aproveitamento.
A ENA é calculada, então, a partir das vazões naturais e das produtibilidades correspondente ao armazenamento de 65% do volume útil dos reservatórios hidroelétricos.
Essa taxa pode ser calculada em base diária, semanal, mensal ou anual e, pode se referir, apenas a uma bacia específica ou a um subsistema, de acordo com as configurações das bacias hidrográficas locais.
A fórmula de cálculo da Energia Natural Afluente é:
Detalhando a fórmula temos:
t = intervalo de tempo de cálculo da ENA;
i = aproveitamento pertencente ao sistema de aproveitamentos da bacia considerada;
n = número de aproveitamentos existentes no sistema de aproveitamentos da bacia considerada;
Qnat = vazão natural do aproveitamento no intervalo de tempo considerado;
p = produtibilidade média do conjunto turbina-gerador do aproveitamento hidrelétrico, referente à queda obtida pela diferença entre o nível de montante, correspondente a um armazenamento de 65% do volume útil, e o nível médio do canal de fuga;
j = aproveitamento pertencente ao sistema de aproveitamentos do subsistema considerado;
m = número de aproveitamentos existentes no sistema de aproveitamentos do subsistema considerado.
Como está o desempenho do ENA no Brasil?
Pelo site do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), é possível analisar o histórico de desempenho da taxa de ENA de todos os quatro subsistemas nacionais.
Entre o período de janeiro de 2020 a junho de 2021, houve uma queda grande no valor da Energia Natural Afluente em todos os subsistemas em meados de setembro de 2020.
A crise hídrica na qual o Brasil se encontra tem efeito direto nesse valor, pois é a água da chuva que alimenta os rios e, consequentemente, aumenta a vazão das águas.
No gráfico abaixo, é possível ver que a curva da ENA está em queda na maioria dos subsistemas. Nele, observamos que em termos da Média de Longo Termo (MLT), que é a média aritmética das vazões naturais desde 1931, calculada para acompanhar o histórico de desempenho, o Sudeste não apresenta chuvas acima da média desde fevereiro de 2020.
Entenda mais sobre o cenário atual no post “Chuva e economia: estamos passando por uma crise hídrica?”
Entender termos técnicos como Energia Natural Afluente e sua influência na geração de energia, permite compreender melhor a realidade brasileira.
As hidrelétricas são as principais fontes de energia geradora do país, mas com a escassez de chuva, as fontes renováveis e outros tipos de energia têm se destacado.
Afinal, um país com grandes dimensões com o Brasil e com a nossa variedade de climas, permite explorar as várias formas de geração de energia.
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