Uma das fontes de energia limpa promissora é a energia eólica offshore, que já está sendo utilizada em vários países. Do total de parques eólicos offshore instaladas no mundo, Reino Unido, Alemanha e China concentram mais de 90% dos 23,1 GW de potência existentes.
O mercado nacional para geração de energia eólica no mar também está se desenvolvendo, pois o país tem regiões com condições de ventos favoráveis para a implementação das instalações.
Com as altas emissões de carbono e a necessidade de atender a uma demanda de energia cada vez maior, as fontes sustentáveis como energia solar e energia eólica estão ganhando espaço e investimentos.
Mesmo que a energia eólica offshore ainda represente uma parte pequena da matriz elétrica dos países, os investimentos ajudam a incentivar o desenvolvimento de tecnologias que permitem aproveitar com eficiência os recursos renováveis.
Quer entender melhor o que é, como funciona e as vantagens e desvantagens da energia eólica offshore? Continue lendo e confira todas essas respostas.
Boa leitura!
O que é energia eólica offshore?
A energia eólica offshore é aquela gerada a partir do vento (energia cinética) em parques localizados dentro do mar.
Parece inusitado, mas em alto mar o vento alcança uma velocidade não só maior como também constante, o que favorece o aproveitamento para geração de energia.
Isso acontece principalmente por não existirem barreiras físicas dentro do mar, o que garante a fluidez da força dos ventos.
Qual a diferença entre energia eólica onshore e offshore?
A principal diferença entre energia eólica onshore e offshore é o local onde as turbinas são instaladas. No onshore, elas ficam em terra e no offshore ficam no mar.
Outra diferença é no tamanho das pás. As turbinas de energia eólica offshore possuem pás maiores, pois o meio permite isso, ao contrário das instalações onshore que tem limitações de espaço.
Dessa forma, a estrutura consegue ter um potencial de geração maior comparada ao tipo onshore, que precisa ser instalado em uma área segura e que garanta a proteção das estruturas.
As turbinas offshore também são fabricadas com material mais resistente a umidade e corrosão, efeitos comuns em áreas costeiras.
Como funciona um parque eólico offshore?
Os parques eólicos offshore via de regra estão localizados em áreas de alto mar, mas também existem os que ficam mais próximos da costa.
O funcionamento das turbinas eólicas vai depender do tipo de fundação, que é o que vai dar base para fixá-la no mar.
Na fundação fixada no fundo, o cilindro de ação da turbina é colocado a 30 metros de profundidade. Para garantir que é possível alcançar essa metragem, um estudo prévio avalia a geologia local, a profundidade do mar da região e o tamanho da estrutura turbina.
Se a área for favorável, o projeto segue, permitindo que todos os cilindros consigam atingir a mesma profundidade e criar um parque homogêneo.
Outro método de fundação é chamado de base de jaqueta, especial para águas muito profundas. Essa opção foi criada pela indústria de petróleo, porém as vantagens de levar um parque de energia eólica offshore para áreas tão profundas, foi questionada já que em áreas mais próximas o processo é igualmente eficiente.
Para ter mais uma opção viável para projetos com mais profundidade, foi criado o tipo de fundação flutuante. Quando a lâmina d’água passa de 70 metros, a instalação fixa no fundo não é utilizada.
A fundação flutuante mantém a estrutura no fundo do mar com a ajuda de cabos de amarração. É o tipo ideal para parques entre 200 e 300 metros de profundidade.
Se fosse utilizado em projetos em águas rasas, a quantidade de cabos de amarração tornaria a instalação bem mais cara. Já em águas profundas, os cabos ficam seguros embaixo d’água.
Escolhido o tipo de fundação, o próximo passo para o parque offshore funcionar é fazer a ligação dos cabos com os transformadores que convertem a eletricidade gerada em corrente elétrica e que, por sua vez, estão ligados aos pontos de recepção em terra.
Energia eólica offshore no Brasil
Segundo dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), o Brasil tem um potencial favorável para geração energia eólica offshore. Em locais com até 50 metros, o potencial é de 697 GW (gigawatts). Já para áreas com profundidade de 100 metros, o potencial de geração aumenta para 1.000 GW.
O fato de o Brasil já ter uma estrutura onshore desenvolvida, também é visto como um ponto favorável para a utilização da variação offshore.
Já estão em processo de licenciamento, de acordo com o Ibama, 36 projetos de parques de energia eólica offshore com potencial de geração de 80 GW. Entre os estados envolvidos estão:
- Rio Grande do Sul;
- Rio de Janeiro;
- Ceará;
- Rio Grande do Norte;
- Espírito Santo;
- Piauí.
A concretização desses projetos depende da aprovação do Decreto nº 10.946/2022, em andamento desde janeiro de 2022, que regulamenta a concessão de espaços físicos e a utilização dos recursos naturais para geração elétrica offshore.
Quais as vantagens e desvantagens da energia eólica offshore?
As principais vantagens da energia eólica offshore são:
- possibilidade de construir parques grande, já que não existem barreiras físicas;
- instalação dos parques próximo das regiões de consumo da energia;
- geração de energia com impacto mínimo no meio ambiente;
- grande potencial de geração de energia.
Já as desvantagens da energia eólica no mar são:
- custo alto de implantação e manutenção da infraestrutura eólica;
- impacto na indústria pesqueira da região (não é permitido barcos entre as turbinas);
- impactos na vida marinha ainda não são 100% conhecidos.
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A energia eólica offshore é apenas uma das alternativas de fontes geradoras renováveis, entre várias que já estão disponíveis no país. Hoje, consumir energia limpa é uma alternativa viável tanto para empresas quanto para as residências.
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Além de negociar preço, também é possível escolher o tipo de geração, optando pelas fontes convencionais ou pelas fontes renováveis.
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