Na busca por soluções eficientes para poupar eletricidade, você se deparou com algumas que parecem boas demais para ser verdade? Então, surgiram mais algumas dúvidas, como: será que o economizador de energia funciona? Pois não se sinta só! Isso porque muita gente também quer saber o mesmo.
Afinal, com o preço da energia elétrica nas alturas, toda medida de economia é válida, certo? Nem sempre. É fundamental ter atenção a propagandas enganosas feitas por fabricantes de produtos que supostamente reduzem os gastos.
Neste artigo, explicamos o que é, como funciona o economizador de energia e se o acessório realmente cumpre o que promete. Além disso, destacamos os perigos das soluções caseiras e listamos algumas dicas úteis de verdade para diminuir a conta de luz.
Boa leitura!
O que é economizador de energia?
O economizador ou poupador de energia é um acessório, tipo um benjamin, que é plugado no conector de eletrodomésticos com motor, como geladeira, freezer e máquina de lavar e colocado na tomada para reduzir o consumo de energia dos aparelhos durante o uso. Os fabricantes prometem uma economia de até 35%.
Na prática, não chega a tanto. Na verdade, os economizadores de energia não entregam o potencial de redução descrito na propaganda.
Antes de falarmos desse ponto, explicaremos como um poupador de energia funciona.
Como funciona o economizador de energia?
O economizador de energia funciona como uma espécie de “filtro”, cuja função é blindar os eletrodomésticos dos picos de tensão, comuns na rede elétrica. Segundo os fabricantes, o acessório aproveita as “sobras” de energia geradas pela oscilação da rede para manter o funcionamento dos aparelhos.
A maioria dos modelos de poupador comercializados é no formato de benjamin. Basta acoplá-lo ao conector e ligá-lo na tomada.
Teoricamente, o acessório tem o potencial de economizar até 35% da energia consumida. Porém, a pergunta que fica é: economizador de energia funciona mesmo? Vamos a resposta.
Hora da verdade: poupador de energia funciona mesmo?
Não, economizador de energia não funciona e não alcança o nível de economia prometido pelos fabricantes dos produtos. Uma análise feita pela Proteste com quatro marcas diferentes de poupadores do mercado concluiu que nenhum dos modelos comercializados entrega o potencial de redução de consumo proposto.
No resultado do teste realizado com um modelo de geladeira, a média de consumo (kWh/dia) dos economizadores foi praticamente a mesma registrada sem o acessório. Portanto, a redução não ficou nem próxima da prometida pelas marcas.
A editoria de tecnologia do site Uol também avaliou o desempenho dos economizadores e concluiu que, além de não contribuírem para diminuição do consumo, os acessórios reduziram a potência entregue aos aparelhos, o que pode prejudicar a sua eficiência no longo prazo.
Em um dos testes realizados, o equipamento foi submetido a cargas diferentes, diminuindo progressivamente, até que o aparelho não ligou, pois a energia recebida foi insuficiente.
Isso pode fazer com que uma geladeira, por exemplo, leve mais tempo para gelar os alimentos, mesmo que esteja ligada na potência máxima.
O poupador de energia não funciona como medida de economia e, portanto, a melhor opção é evitá-lo e buscar outras medidas de redução de consumo que sejam realmente eficientes.
Leia também: A conta de luz está alta? Saiba o que pode ser e o que fazer em cada caso.
Riscos do economizador de energia elétrica caseiro
Além dos acessórios prontos, muitos tutoriais on-line explicam como fazer um economizador de energia elétrica caseiro. Porém, essas soluções agregam um risco a mais, que é conectar aparelhos sem segurança à rede elétrica.
Independentemente de ter conhecimento elétrico ou não, esses mecanismos não proporcionam redução significativa no consumo e ainda colocam as pessoas e a casa em perigo.
Por isso, o melhor a fazer é ser estratégico nas escolhas dos equipamentos da casa para não ter problemas com altos gastos.
Dicas (realmente) eficientes para poupar energia
A melhor maneira de poupar energia é escolhendo os eletrodomésticos e eletrônicos da casa seguindo critérios de economia mais confiáveis e comprovados. Confira algumas dicas para acertar:
Escolha o tamanho certo de eletrodoméstico
Na hora da compra de um eletrodoméstico, uma característica que deve ser observada é o tamanho que indica a capacidade do equipamento.
Por exemplo, um ar-condicionado eficiente precisa ter potência para climatizar o ambiente onde será colocado. Ao chegar à loja, é essencial ter as dimensões do espaço para não correr o risco de escolher um aparelho pequeno que ficará ligado por muito mais tempo para cumprir sua função.
A máquina de lavar é outro exemplo em que a escolha do tamanho e da capacidade de acordo com a necessidade de uso ajuda a poupar energia. Juntar um determinado volume de roupa para usar a máquina apenas uma vez é a melhor estratégia. Avalie a demanda e se ela for pequena, a melhor solução é investir em um aparelho menor.
Priorize os aparelhos com função de economia
Os fabricantes de eletrodomésticos estão atentos à economia e sabem que esta característica é um diferencial competitivo no mercado.
Os consumidores, por sua vez, têm a opção de escolher os equipamentos com ciclos econômicos para alternar seus modos de uso e poupar energia.
Escolher um modelo de ar-condicionado com tecnologia inverter e funções como sleep e timer para programar o desligamento ajuda a gastar menos.
As máquinas de lavar modernas incluem ciclos curtos que levam menos tempo e ainda usam menos água. Assim como o lava-louças que também tem programas otimizados de lavagem.
Leia mais: Lava-louça gasta muita energia elétrica? Descubra como fazer um uso eficiente.
Confira o selo Procel
Outra comprovação de economia é o selo Procel, que testa os aparelhos das marcas e dá uma classificação de acordo com a eficiência energética, nível de consumo e custo anual.
Na hora da compra, um método de comparação assertivo é observar o selo de desempenho que cada marca recebeu da Procel. Os equipamentos com nível A são os que oferecem melhor custo-benefício e realmente ajudam a economizar energia.
Conheça os designs mais econômicos
O design dos eletrodomésticos também influencia o potencial de economia que o equipamento pode trazer.
Por exemplo, os modelos de geladeira que têm o freezer na parte de cima ou embaixo são mais econômicos do que os com portas lado a lado.
A presença de acessórios externos, como água e gelo, também consome mais energia. Antes da compra avalie a funcionalidade e não apenas o visual dos aparelhos para fazer boas escolhas.
Energia limpa e econômica para a sua casa
Agora que você já sabe que o economizador de energia não funciona e aprendeu dicas para escolher equipamentos mais eficientes para a sua casa, existe outra maneira de diminuir a sua conta de energia.
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