Se você ainda não sabe o que é PCH, é simples de entender. PCH é a sigla para Pequena Central Hidrelétrica, usinas menores do que as tradicionais, mas que também usam a força e a velocidade da água para gerarem energia.
Elas são consideradas uma fonte alternativa e têm o potencial de complementar a matriz energética brasileira, em especial em períodos de crise hídrica, já que não precisam de grandes reservatórios para produzir eletricidade.
Mas o que são essas centrais exatamente, como elas funcionam, qual a diferença das usinas hidrelétricas e porque elas são importantes para o setor energético brasileiro?
Respondemos cada uma dessas perguntas a seguir. Continue a leitura e entenda!
O que é uma PCH?
PCH é a sigla para “Pequena Central Hidrelétrica”, ou seja, usinas hidrelétricas menores em tamanho e em potência. Tais usinas têm entre 5 e 30 MW (megawatts) de potência (quantidade de energia gerada por hora de funcionamento com a usina operando com capacidade máxima) e menos de 13 km² em área total de reservatório.
Isso significa que as PCHs não necessitam estocar tanta água e, muitas vezes, conseguem até mesmo aproveitar o nível das cheias dos rios.
Dessa forma, as Pequenas Centrais são uma alternativa importante diante de períodos de muita seca no país e têm se tornado cada vez mais relevantes para complementar o sistema de geração de energia no Brasil.
Por isso, pode-se dizer que as PCHs são fontes alternativas de energia, assim como a energia eólica, energia solar e biomassa.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) estabelece todas as normas que regem as PCHs no Brasil. As diretrizes relacionadas ao funcionamento das Pequenas Centrais Hidrelétricas foram atualizadas pela Resolução Normativa N° 745, de 22 de novembro de 2016.
Assista ao vídeo abaixo da ANEEL, a explicação da Agência sobre as Pequenas Centrais Hidrelétricas e seus benefícios econômicos e sociais para o país:
Como as PCHs funcionam?
As Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), assim como as usinas hidrelétricas, precisam ser construídas em rios que tenham um alto volume de água e desníveis ao longo de seu percurso.
No rio, é construída uma barragem para represar a água e um reservatório, parecido com um grande lago, é formado “atrás” da barragem.
Dessa forma, a água é levada por meio das tubulações até as turbinas que irão se movimentar por conta da força e da velocidade da água.
As turbinas são conectadas a um gerador, que transforma o movimento das pás das turbinas em energia elétrica.
O processo é similar ao que acontece nas usinas hidrelétricas, mas nas PCHs, a diferença é que o impacto ambiental é menor, a construção é mais rápida e os custos são reduzidos.
Qual é a diferença entre PCH e UHE?
UHE significa “Usina Hidrelétrica” e algumas características diferenciam uma PCH dessas unidades. As usinas de grande porte tem capacidade de produzir mais de 30 megawatts por hora, operar em capacidade máxima e ter mais de 13 km² em área total de reservatório.
Ou seja, as UHEs são o próximo “nível” de classificação após as PCHs. Hoje, a maior usina hidrelétrica do Brasil é a Itaipu Binacional, que fica na divisa entre Brasil e Paraguai, no rio Paraná.
Até 2003, ela era considerada a maior barragem do mundo, mas hoje quem detém esse título é a Hidrelétrica das Três Gargantas, localizada na China.
Os custos de construção e o impacto ambiental também são dois aspectos relevantes que diferenciam uma PCH de uma UHE.
Por conta do porte menor, as PCHs são mais viáveis e sustentáveis, contribuindo para a descentralização da geração de energia no país.
Por que as PCHs são importantes para o setor energético brasileiro?
Como citamos no começo deste artigo, as Pequenas Centrais Hidrelétricas são uma alternativa para complementar a matriz hídrica brasileira, o que torna o setor mais acessível para empresas que desejam investir na geração de energia.
Além disso, as usinas hidrelétricas, sejam elas de pequeno ou grande porte, são consideradas fontes renováveis de energia, pois ajudam a reduzir a emissão de gases do efeito estufa, já que utilizam a força da água para a geração de eletricidade, sem consumi-la efetivamente.
Ao contrário das fontes de energia não renováveis, como petróleo, gás natural e carvão mineral que são usados em termelétricas, por exemplo, as usinas hidrelétricas não emitem poluentes no meio ambiente, contribuindo assim para a sustentabilidade.
Outro aspecto é que a água dos rios costuma estar em território nacional, de modo que a energia gerada pelas hidrelétricas não sofre com as oscilações de preço do mercado externo, como é o caso do combustível e do gás natural.
Dessa forma, a energia advinda das hidrelétricas tem um melhor custo-benefício para todo país.
Por fim, as PCHs têm tecnologia nacional, o que estimula a indústria brasileira, bem como geram empregos nas regiões nas quais são construídas, contribuindo para o desenvolvimento social e econômico do local.
Quais as desvantagens das PCHs?
As principais desvantagens das PCHs são em relação às consequências da criação de barragens que afetam os leitos dos rios, a vida dos peixes e da população que vive próxima a área.
Atualmente, o principal desafio é a melhoria do planejamento para entender os impactos e o custo-benefício de ter uma PCH em determinada região.
Como comprar energia vinda de PCH?
Para comprar energia vinda de uma PCH, as empresas precisam fazer parte do Mercado Livre de Energia, um Ambiente de Contratação Livre, que permite escolher o tipo de fonte que será usado para abastecer a infraestrutura de um negócio.
A migração é um processo que pode ser realizado de forma independente, mas o recomendado é ter a assessoria de uma Gestora para cumprir todas as etapas do processo corretamente.
Dessa forma, além de colocar as empresas no mercado, a Gestora avalia as oportunidades de compra de energia das PCHs e ajuda as empresas a escolherem a melhor oferta.
Leia também: Como migrar para o Mercado Livre de Energia em 10 passos.
Como a Esfera Energia pode te ajudar a comercializar a sua energia?
Quem gera energia elétrica por meio de uma PCH pode negociá-la no Mercado Livre de Energia. A Esfera Energia auxilia usinas geradoras a comercializar a energia elétrica produzida pelo melhor preço e com segurança regulatória.
Os consumidores do Ambiente de Contratação Livre (ACL) podem comprar energia gerada por Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) e outras fontes renováveis, como eólica, biomassa ou solar.
Ou seja, os negócios que querem priorizar a compra de energia limpa, conseguem fazer compras estratégicas no Mercado Livre, pois nesse ambiente a gama de fornecedores é maior e a negociação direta.
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