O consumo de energia elétrica tem muitas variações durante o dia, ocasionando picos e baixas de consumo. Porém, como isso interfere na produção da sua empresa? Neste artigo, vamos falar sobre o horário de ponta e fora de ponta.
Entretanto, antes de explicar as diferenças dos horários de consumo, é preciso entender os conceitos de consumo e demanda.
Continue a leitura e entenda como os períodos de horário de ponta e fora de ponta influenciam nos custos da energia.
O que é demanda?
A demanda é a potência necessária para para atender todas as cargas da unidade consumidora em um determinado período. Ela pode ser vista como a capacidade que o sistema elétrico deve suportar quando a carga máxima da unidade consumidora estiver acionada.
Quando falamos sobre demanda estamos nos referindo à demanda de potência, que geralmente é medida em kW (quilowatt) ou MW (megawatt).
Para calcular a demanda de um unidade, é feito uma média das potências contabilizadas em espaços de tempo de 15 em 15 minutos. Esse padrão é usado em todo o Brasil.
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O que é consumo?
O consumo refere-se a quantidade de energia utilizada em uma unidade consumidora, medida em kWh (quilowatt-hora) ou MWh (megawatt-hora).
Diferente da demanda, o consumo é acumulado nos dias de uso. O valor da conta de energia é proporcional ao volume acumulado de energia consumida no mês.
Agora que já conhecemos um pouco mais sobre demanda e consumo, seguimos para o assunto principal, os postos tarifários do horário de ponta e fora de ponta.
O consumo de energia e demanda têm grandes variações durante o dia, conforme os hábitos e rotinas dos consumidores.
Nos horários da madrugada, o consumo costuma ser menor pois a maioria das pessoas está dormindo e os equipamentos de parte das indústrias estão desligados. Já pela manhã, o consumo tende a aumentar devido ao início do dia de trabalho.
No final da tarde, há um pico de consumo de energia já que a maioria das pessoas volta para casa e utiliza aparelhos eletrônicos, acende as luzes, liga o chuveiro elétrico e etc.
Para definir a demanda e o consumo fora de ponta e de ponta são considerados estes períodos. São determinados horário de ponta e fora de ponta, ou seja, intervalos de horário com cobranças diferentes.
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O que é horário de ponta?
É considerado o horário de ponta um período de três horas consecutivas, normalmente, das 18h às 21h, excluindo sábados, domingos e feriados. Neste horário, a tarifa de energia e a demanda chegam a ter preço triplicado quando comparados aos valores cobrados nas demais horas do dia.
Este é o período de maior utilização de energia e de potência. O aumento da tarifa nesse horário tem como objetivo reduzir o pico e não sobrecarregar as linhas de transmissão.
Dessa maneira não há necessidade de sobredimensionar a rede para atender exclusivamente este período de três horas.
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O que é horário fora de ponta?
O horário fora de ponta é o período composto pelo conjunto de horas diárias consecutivas e complementares àquelas definidas no horário de ponta.
O período considerado ‘fora de ponta’ pode variar conforme a concessionária e de acordo com as características de seu sistema elétrico. Geralmente, o intervalo é das 00:00 às 17h59 e das 21h às 23h59.
Os consumidores que pertencem ao Grupo A (alta tensão) precisam solicitar à concessionária a tarifação horo-sazonal, que será necessária para suprir a sua demanda, conforme o seu planejamento de perfil de consumo. Os tipos de tarifa são:
- Tarifa horo-sazonal Verde: os valores de consumo podem ou não ser diferentes no horário de ponta e fora de ponta, mas a demanda é a mesma. Assim, o consumidor será cobrado apenas pela demanda de energia do período fora de ponta.
- Tarifa horo-sazonal Azul: há a necessidade de contratar as duas demandas (podendo ser iguais ou não), uma para o horário fora de ponta e a outra para o horário de ponta. Desta maneira, a cobrança será feita pelas duas demandas de maneira independente.
Por todas essas diferenças de enquadramento e possibilidades de contratação é muito importante conhecer o perfil de consumo da sua empresa, especialmente o horário de pico de energia.
Um perfil bem mapeado com um planejamento bem feito pode evitar que a demanda e os consumos de energia aumentem nos horários de ponta, evitando tarifas maiores que podem chegar até três vezes a do horário fora de ponta.
Leia também >>> Sazonalização: uma estratégia importante na contratação de energia.
Já pensou em migrar para o Mercado Livre de Energia?
Os consumidores do Grupo A (alta e média tensão) que migram para o Mercado Livre de Energia são cobrados pela distribuidora conforme as regras de horário de ponta e fora de ponta sob a demanda de potência.
Já a energia no Mercado Livre de Energia, possui o mesmo valor independente do horário que será consumida. Essa é uma das grandes vantagens do Mercado Livre de Energia quando comparado com o Mercado Cativo.
Conheça mais do Ambiente de Contratação Livre (ACL) e entenda como ele funciona no vídeo abaixo:
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