Devido ao gasto elevado, a eficiência da gestão energética na indústria de alimentos é fundamental para a sustentabilidade das empresas.
Segundo dados do Balanço Energético Nacional 2024, o setor industrial foi responsável por 36,4% do consumo total de energia do país.
A implementação de estratégias para ter mais eficiência no uso da energia elétrica vai além de reduzir a conta de luz — também é sinônimo de negócio sustentável.
Dessa forma, as indústrias que encaram os desafios e investem na redução do consumo energético na produção alimentícia ganham um diferencial competitivo no mercado.
Continue no artigo e entenda o que é gestão energética na indústria de alimentos, os desafios do setor, como melhorar o desempenho, as vantagens e dicas para ajustar processos e economizar.
Boa leitura!
O que é gestão energética na indústria?
A gestão energética na indústria é o conjunto de processos que analisa, monitora e planeja meios de otimizar o uso de energia elétrica nas atividades operacionais para melhorar a eficiência, reduzir os gastos e aumentar a sustentabilidade.
O perfil de consumo de uma indústria, por exemplo, é uma das referências no momento de informar à concessionária a demanda contratada.
Geralmente, as empresas atendidas em alta e média tensão (Grupo A) precisam informar a quantidade de energia elétrica utilizada.
Se a equipe responsável pela avaliação do consumo e desempenho dos equipamentos e realização dos cálculos não avaliar corretamente as variáveis, há risco de comprar uma quantidade maior, o que gera um gasto desnecessário.
Porém, comprar menos e exceder o limite contratado gera multa para a empresa, o que resulta no aumento dos custos. No final do ano, o negócio terá excedido seus gastos com energia elétrica.
Quais são os desafios da gestão energética na indústria de alimentos?
Conforme os dados da última edição do Balanço Energético Nacional, que analisou o desempenho de 2023, o consumo de energia no setor de alimentos e bebidas aumentou 19,7%.
Por ser um segmento aquecido e com alta demanda, as fábricas encaram grandes desafios na gestão energética.
Além disso, os alimentos são bens perecíveis, o que exige refrigeração ao longo de toda cadeia produtiva, desde o armazenamento das matérias-primas até o estoque e transporte dos produtos prontos até os pontos de venda.
O estado dos equipamentos influencia no consumo, pois os antigos são menos eficientes e gastam mais energia elétrica. A atualização do maquinário, entretanto, exige planejamento devido ao alto custo.
As tecnologias modernas embutidas nas máquinas para obter produtos de alta qualidade também têm um valor elevado.
Dessa forma, a equipe de gestão energética precisa de um planejamento bem organizado e de uma parceria próxima com o setor financeiro para estudar a viabilidade dos investimentos.
A vantagem é que, quando se trata de energia elétrica, o Brasil oferece soluções eficientes para grandes consumidores não só reduzirem despesas, mas também adotarem estratégias de abastecimento sustentáveis.
Como melhorar a eficiência energética na indústria de alimentos?
As estratégias de redução de consumo energético na produção alimentícia exigem avaliações detalhadas do perfil de consumo e um bom planejamento para implementar as mudanças.
Para obter resultados positivos com a gestão energética na indústria de alimentos, confira as estratégias que melhoram os processos.
1. Fazer auditorias energéticas
Quanto maior a indústria, maiores são as chances de encontrar pontos de desperdício no fluxo operacional. Para identificar em quais etapas o problema acontece, faça auditorias energéticas periódicas.
Assim, além de levantar o que precisa de ajustes, a equipe também define oportunidades de economia, como troca de maquinário ou mudança no abastecimento.
2. Implementar tecnologias eficientes
A tecnologia é uma aliada da gestão energética na indústria de alimentos. Afinal, os equipamentos modernos melhoraram a eficiência e o desempenho, e ainda demandam menos energia para operar.
Dessa forma, a busca por motores de alta eficiência, materiais com isolamento térmico potente e automações para agilizar o fluxo de produção auxiliam na redução dos custos totais.
3. Usar fontes de energia renovável
As indústrias que ainda não investem em energia renovável para abastecer as fábricas perdem uma grande oportunidade de economizar nos gastos elétricos.
Conforme dados do Balanço Energético, as principais fontes utilizadas pelas indústrias de alimentos no Brasil são:
- gás natural;
- carvão mineral;
- lenha;
- bagaço de cana;
- energia solar térmica e outros recursos renováveis.
As fontes de energia limpa são não só uma oportunidade de economizar, mas também de ter uma operação sustentável e com uma pegada de carbono menor.
Além de investir na autoprodução por meio de painéis de energia solar, a cogeração é uma opção para dividir custos e ampliar a capacidade de geração de eletricidade.
A migração para o Mercado Livre de Energia é outra alternativa ainda mais eficiente para atender a demanda e negociar os contratos de abastecimento diretamente com os fornecedores.
Benefícios de uma gestão energética eficiente
O investimento para otimizar a gestão energética na indústria de alimentos é benéfico, financeira e ambientalmente, pois fortalece a empresa no mercado. As principais vantagens de ter processos organizados são:
- redução de custos operacionais: conta mais barata e controle mais eficiente do consumo;
- cumprimento dos objetivos de sustentabilidade ambiental: as mudanças ajudam na redução das emissões de carbono e outros gases estufa e no descarte correto de resíduos sólidos;
- adoção de práticas ESG (Environmental, Social, Governance): além das vantagens ambientais, o impacto social e interno gerado por uma boa gestão fortalece a atuação no mercado;
- melhoria da imagem corporativa e relacionamento com stakeholders: uma marca com ações consistentes e bem executadas reforça o compromisso com as metas internas e externas, o que valoriza o trabalho;
- diminuição do desperdício: a economia em um insumo caro, como a energia elétrica, evita o desperdício por meio da adoção de boas práticas e do engajamento da equipe nos objetivos sustentáveis.
Dicas práticas para uma boa gestão energética
A gestão energética na indústria de alimentos e em outros segmentos é um trabalho contínuo. Afinal, o tempo gera novas demandas e a equipe deve estar pronta para buscar soluções.
Para identificar as necessidades de melhoria rapidamente, faça o monitoramento constante do consumo energético. Acompanhe não só o gasto total, mas também avalie individualmente o consumo dos equipamentos com o auxílio de medidores.
O treinamento interno das equipes em relação às boas práticas de uso consciente da energia é fundamental para a mudança na mentalidade de consumo.
Leia também: Como economizar energia elétrica na empresa? 5 dicas
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